Intenção de Cunha em protelar os trabalhos das comissões da Câmara pode interferir no andamento do PL 2648, que se encontra atualmente em tramitação na Comissão de Finanças e Tributação (CFT)

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), informou aos líderes em reunião na manhã desta quarta-feira (3) que retomará o ritmo normal das comissões permanentes da Casa somente após o STF (Supremo Tribunal Federal) julgar os embargos de declaração protocolados por ele esta semana com questionamentos sobre o rito do impeachment de Dilma Rousseff.

Cunha cogitou adiar o retorno do funcionamento normal da Casa para após a publicação da decisão dos ministros sobre as perguntas enviadas por ele à Corte. Contudo, a possibilidade de ser acusado de usar o impeachment de Dilma para protelar seu processo de cassação o fez recuar.

Como parte interessada da ação em que o STF analisou a constitucionalidade do impeachment de Dilma, DEM e PSDB vão analisar os questionamentos enviados por Cunha à Corte e pretendem, caso achem necessário, complementar os embargos.

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Com informações da Câmara