moldura geral foto historica 03

O Relatório do Justiça em Números do CNJ, com base no ano de 2013, apresenta dados preocupantes em relação ao número de pessoal requisitado, terceirizado e estagiário trabalhando no âmbito do Poder Judiciário da União. Essa política de recursos humanos, que vem sendo bastante criticada pelos sindicatos, demonstra o caminho escolhido pelo Judiciário em desprestigiar a carreira do quadro permanente ao não criar cargos mediante concurso público. Aumenta-se a demanda pelos serviços judiciários, cresce a produtividade, no entanto não se repõe de forma proporcional o quadro de efetivos, opta-se por improvisar com o aumento de requisitados, terceirizados e estagiários, correndo-se o risco de se precarizar a qualidade dos trabalhos oferecidos à sociedade.

Em Goiás não é diferente. O Sinjufego teve acesso aos números do CNJ que revelam que a composição funcional do TRT-GO e TRE-GO está tomada por pessoas estranhas ao quadro efetivo. Em comparação com o quadro permanente, há um excesso de requisições e da chamada força de trabalho auxiliar.

Segundo os dados do CNJ, no TRT-GO há 1.110 servidores do quadro efetivo e 633 pessoas estranhas à carreira, o que mostra que mais de 50% dos recursos humanos não é do quadro permanente.

Enquanto que no TRE-GO existem 247 requisitados e 263 pessoas atuando como força auxiliar, esse número que abrange requisitados, terceirizados e estagiários é quase o mesmo quantitativo do quadro de efetivos que conta hoje com 521 servidores.

A solução é a criação de mais cargos para o Judiciário da União, mas o próprio CNJ vem colocando trava no surgimento de novos cargos. Essa situação do Judiciário Federal de Goiás reflete o mesmo cenário verificado pelo País afora, sendo comum pessoas estranhas à carreira ocupar as atividades fins de atuação do Judiciário.

​---
Sinjufego - Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal do Estado de Goiás​

endereco 00