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Fenajufe não participou da reunião com ministro do Planejamento (20/03) e os sindicalistas presentes concordaram com a proposta do governo de negociar um reajuste parcelado em dois ou três anos, a exemplo do que foi feito em 2012

No encontro com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, ocorrido na última sexta-feira (20/03), a entidade de cúpula dos servidores do Poder Judiciário Federal e do MPU não participou da reunião em que envolveu 41 entidades representativas dos servidores públicos federais e oito Centrais sindicais.

Ao não convidar a Fenajufe, o Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) sinaliza que as negociações da categoria do Judiciário e do MP devem ser tratadas no âmbito do respectivo órgão. A Fenajufe integra o Fórum Nacional das Entidades Federais.

27,3% é “inviável” para 2016

Na reunião, o ministro do Planejamento adiantou que o reajuste de 27,3% para 2016, é “inviável”. Os servidores pedem esse percentual porque essa seria a estimativa da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) entre julho de 2010 e agosto de 2016.

Mas o governo tem outro cálculo. Nelson Barbosa disse que vai levar em conta a evolução salarial dos servidores desde 2003, início do governo do PT. “Considerando esse período, eles tiveram aumento real”, afirmou. Segundo o Planejamento, os servidores tiveram reajuste de 46% acima da inflação no período de 2003 a 2014.

Entre outros veículos de comunicação, o jornal O Popular, de Goiânia, na página 12, edição do dia seguinte à referida reunião, noticia que os sindicalistas concordaram com a proposta do governo de negociar um reajuste parcelado em dois ou três anos, a exemplo do que foi feito em 2012.

Ainda na reunião com o MPOG, ficou acertado um calendário de reuniões que irá de maio a agosto deste ano. As negociações terão de ser concluídas a tempo de constar da proposta do Orçamento de 2016, que será enviada ao Congresso até o dia 31 de agosto.

Posição acertada do Sinjufego

Ao defender a negociação em torno de um índice próprio, previsto no projeto específico da categoria (PL 7920), a direção do Sinjufego mantém a posição acertada. Percentual de reposição salarial da nossa carreira não deve ser confundido com a necessária luta em torno da pauta comum.

É possível separar a pauta específica da pauta geral. Admitir o índice geral, que vai ficar abaixo dos 27,3% e ainda parcelado em dois ou três anos, é colocar perigosamente a carreira do Judiciário Federal no carreirão, motivo de preocupação porque as negociações se tornarão ainda mais difíceis e engessadas.

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Da Redação Sinjufego

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