Numa luta histórica, por muito pouco os servidores do Judiciário Federal não derrotam a máquina fisiológica do governo

Em sessão conjunta do Congresso Nacional que se iniciou às 20h de ontem, 17, e se estendeu até os primeiros minutos de hoje, 18, o veto 26/2015 foi mantido na Câmara por pequena margem de votos: 251 deputados votaram não ao veto da reposição salarial dos servidores do Judiciário da União, eram precisos 257 votos para que a deliberação prosseguisse no Senado.

Com presença dos servidores de toda parte do país, que desde as primeiras horas do dia estavam nos corredores e gabinetes do parlamento fazendo a interlocução com os deputados e senadores, a sessão foi marcada por oradores que defendiam da tribuna a necessária reposição salarial da categoria cujo último projeto específico de carreira foi sancionado em 2006.

Das galerias da Câmara os servidores pressionavam os parlamentares que estavam no plenário, do gramado localizado ao lado do Senado os servidores faziam manifestações com apitos e carros de som. Com banners, faixas, vuvuzelas e camisas amarelas da derrubada do veto, a caravana do Sinjufego foi mais uma vez o destaque do ato nacional do dia 17/11, os servidores de Goiás atuavam dentro e fora do Congresso Nacional. E mesmo debaixo de chuva, os filiados do Sinjufego não arredaram o pé e ficaram até o final da votação. 

E depois de muitos debates no plenário, os servidores passaram a aguardar com muita apreensão o resultado da votação. Por fim, no painel eletrônico foram registrados 394 votos dos deputados, sendo assim distribuídos: 132 para manter o veto, 251 para derrubar o veto e 11 abstenções. Embora as intenções de voto pela derrubada foram superiores ao da manutenção, o veto não caiu porque eram necessários 257 votos na Câmara, placar mínimo para que a votação continuasse no Senado.

Como votou a bancada de Goiás na Câmara

Dos 17 deputados goianos, 12 participaram da votação. Daniel Vilela (PMDB) e Jovair Arantes (PTB) votaram contra os servidores do Judiciário Federal de Goiás. Registraram presenças em plenário, mas não participaram da decisiva votação os deputados Heuler Cruvinel (PSD) e Pedro Chaves (PMDB), o que causou muita indignação nos servidores goianos presentes nas galerias da Câmara, isso porque esses dois parlamentares haviam firmado reiteradas declarações que iriam comparecer à sessão e votar pela derrubada do veto 26/2015. Não registraram presença no plenário, uma vez que estavam ausentes, os deputados Rubens Otoni (PT), Magda Mofatto (PR) e Flávia Morais (PDT).

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Da Redação do Sinjufego