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Vivo me questionando por que não reagir às investidas da mídia contra nossas pretensões. Não faço referência a eventual direito de resposta, que penso ser uma medida proveitosa. Penso que nada melhor do que afetá-los no bolso. Como? A SKY é de propriedade da Rede Globo. A SKY representa, neste texto, toda e qualquer empresa ligada ao governo ou a serviço dele. Quantos servidores do Judiciário Federal têm assinatura da SKY? Somos cento e vinte mil servidores. Se apenas um sexto for assinante da SKY, isso significa vinte mil assinaturas. Imaginemos que o custo de uma assinatura é de cem reais, só para ilustrar. Fazendo as contas, é uma receita de dois milhões, ou seja, eles nos batem e tomam de nós dois milhões de reais mensalmente. Continuar nisso é, de certa forma, pagar alguém para nos bater. Sem falar que alguns de nós temos filhos já crescidos, que também são assinantes da SKY. Que didático seria se os sindicatos do Judiciário Federal organizassem conjuntamente uma campanha nessa direção. Que prazer seria saber que, ao responder sobre o motivo do cancelamento da assinatura, todos os servidores dissessem: estou cancelando a assinatura da SKY porque a Rede Globo fez campanha contra o reajuste do Poder Judiciário. É apenas uma ideia, que pode se ampliar. Por exemplo, os sindicatos fariam uma pesquisa para identificar todas as empresas ligadas à Rede Globo; depois iniciaríamos o cancelamento em massa; tiraríamos cópia do cancelamento e enviaríamos ao sindicato que nos representa; ele organizaria a divulgação da notícia que, em 2015, houve x cancelamentos de assinatura da SKY por conta da campanha que a Rede Globo fez contra o reajuste do Judiciário. Uma outra ideia é deixar de abastecer nos postos de bandeira Petrobrás. Ao final da campanha da SKY, começaríamos outra, se houver empresa ligada à Globo, especificamente. Também poderíamos deixar de sintonizar o sinal dessa rede de televisão em nossas televisões. Isso tudo, dando publicidade, para que se saiba o que estamos fazendo e percebam que não podem nos desrespeitar e sair impunes.

O governo, para nos imobilizar até 2019, poderá muito bem tentar aprovar o arremedo de plano que tramita na Câmara dos Deputados. A questão é materializar a derrota, aceitando a esmola, ou tentarmos modificar algo nesse famigerado plano substituto. Sobre isso, a resposta não parece simples, diante de nossas necessidades. A minha vontade é conseguir diminuir o tempo de implantação para até o final de 2017, para iniciarmos nova campanha, desta vez, mais organizados.

Por falar nisso, é preciso conhecer os nomes dos deputados covardes e traidores, além daqueles que foram contra nosso pleito, para deixar de comprar/negociar com quem fez doação para suas campanhas e com quem é parente ou amigo deles. Sugiro que cada sindicato coloque, permanentemente, em sua página na internet foto ou filmagem desses indivíduos, preferencialmente se comprometendo com a nossa causa, para que fique em nossa memória e possamos retribuir a vileza dentro da civilidade e do possível.

Tornar nossa posição pública, informando o que fizemos e vamos fazer será nossa arma contra congressistas covardes ou vendidos. A pouca força que temos é nosso poder de compra. Ou fazemos uso dela ou ele deixará de ter força.

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Por Fernando José dos Santos Sá Vale Serra, servidor da JF-GO. Este artigo é de inteira responsabilidade do autor, não sendo esta, necessariamente, a opinião da diretoria do Sinjufego.

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