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Diante de tantas propostas para continuar na luta pela reposição parcial das perdas salariais, algumas até mirabolantes, neste momento o maior desafio da Fenajufe, entidade nacional de cúpula da categoria, é chegar a um consenso, pacificar as divergências e buscar a unidade. E sobretudo fazer a necessária depuração das propostas apresentadas pelos sindicatos de base. 

Não adianta despejar um caminhão de propostas. É preciso consolidar as propostas centrais em torno de melhorar o PL 2648/2015, projeto com recursos ainda não retirados do anexo V da LOA de 2016. Suprimir os 13%, reduzir o prazo de implementação, não aumentar CJ, são propostas nucleares e enxutas que podem viabilizar aprovação do projeto neste ano de 2015.  

Propostas de arquivamento do PL 2648/2015, ressurreição do PL 6613/2009 e mandado de segurança para cancelar a sessão do veto 26 são propostas de pirotecnia circense. São propostas protelatórias que podem nos levar a um tremendo zero redondo em 2016 e 2017. São propostas que vão fazer com que o governo envie um cartão de natal felicitando parte da categoria pela compreensão da crise econômica e parabenizando pelo gesto altruísta de abrir mão de 41%.

Temos pouco tempo num cenário de crise econômica que muda a todo instante. Por mais que insistamos que não somos culpados pela crise, não se pode fazer uma análise apartada da realidade do país. Com o recesso parlamentar se aproximando e as negociações correndo risco para ficar em 2016, somente o regime de urgência na tramitação do PL 2648 salva o ano de 2015. Deixar para o ano que vem... aí já é outra história.

É hora de descer dos palanques promocionais! É hora de ajustar o foco, de pegar o rumo certo: se a derrubada do veto era nossa bandeira única, passemos agora a ter no PL 2648 melhorado o nosso foco e a nossa unidade de ação. Que a reunião da Fenajufe com os sindicatos prevaleça a ponderação, a serenidade e o equilíbrio. E com responsabilidade, apontar, neste momento tão difícil, o caminho a ser trilhado pela nossa categoria. Não podemos navegar como se fosse uma nau sem bússola. 

Boa sorte para todos nós!

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Por João Batista, diretor de Organização do Sinjufego e Coordenador da Fenajufe. Este artigo é de inteira responsabilidade do autor, não sendo esta, necessariamente, a opinião da diretoria do Sinjufego.

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