moldura geral foto historica 03

Com as galerias internas vazias, com forte repressão policial aos milhares de manifestantes na parte externa, o plenário do Senado Federal, por 61 votos a 14, aprovou em primeiro turno na noite de ontem, 29/11, a PEC 55/2016, proposta que, entre outros pontos, implanta novo regime fiscal ao congelar os gastos públicos por um longo período de 20 anos.

Apesar da brava resistência dos trabalhadores e servidores públicos, a matéria foi aprovada com larga vantagem de votos e caminha a passos firmes para ser definitivamente aprovada em segundo turno no dia 13/12/2016. 

Na opinião do Sinjufego, o remédio contido na Emenda Constitucional possui dose cavalar que vai matar o paciente em vez de curá-lo. Claro que é preciso implantar medidas que retomem o crescimento econômico e a geração de empregos, mas está certo que a PEC 55/2016 não é a melhor solução para isso, sacrifica a população e a classe trabalhadora para aquilo que já não podem mais doar. E poupa segmento que nunca perde com as isenções fiscais e com os lucros exorbitantes do mercado financeiro. A história deste país é pródiga em exemplos de que a corda sempre arrebenta para o lado do mais fraco, nesse caso o povo e o servidor público, esse sempre escolhido como bode expiatório de todas as crises econômicas.

Aprovação desta PEC, chamada de PEC do fim do mundo e de PEC da morte, é apenas a porta de entrada do amplo ataque contra os trabalhadores e servidores públicos para o ano que vem quando estão previstas a reforma da previdência e a trabalhista, além da aprovação do projeto de terceirização. Com o Congresso Nacional totalmente a favor dos interesses de empresários, fazendeiros, industriais e banqueiros, verdadeiro rolo compressor a serviço do Governo, são muito grandes as chances de aprovarem, com facilidade, essas reformas em 2017.

---
Da Redação do Sinjufego 

endereco 00