moldura geral foto historica 03

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse na sexta-feira passada (06/01) que, se for necessário, a Casa fará ajustes no texto da Reforma da Previdência, que ainda passará pela comissão especial. "É claro, se tem excessos, vamos corrigir os excessos", afirmou.

É a primeira vez que uma autoridade ligada ao governo Temer admite a possibilidade de atenuar as exigências feitas para aposentadorias na reforma proposta pelo Executivo. O presidente da Câmara reafirmou que a Reforma da Previdência será votada pelos deputados ainda no primeiro semestre deste ano.

Em fevereiro, quando os parlamentares voltarão do recesso, será instalada a comissão especial que analisará a Proposta de Emenda à Constituição, colegiado onde a medida poderá sofrer alterações. Maia repetiu que a reforma é essencial para a retomada do crescimento econômico e disse que em qualquer posição que estiver na Casa, seja como presidente ou como mero deputado, vai ajudar na aprovação das reformas de interesse do governo.

Por uma "escadinha" ele disse que, pessoalmente, é defensor da criação de uma "escadinha" nas regras de transição da Reforma da Previdência para não criar "injustiças". Essa "escadinha" seria uma forma de atenuar as exigências rígidas que constam do regime de transição na proposta.

"É apenas uma opinião minha, mas posso ser convencido pelo (Marcelo) Caetano ou pelo Mansueto (de Almeida) que minha tese inicial está errada, porque eles conhecem muito mais do que eu a questão das contas públicas e do sistema previdenciário", afirmou, citando o secretário da Previdência Social do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, e o secretário de Acompanhamento Econômico da Fazenda, Mansueto Almeida. O parlamentar voltou a citar o Rio de Janeiro como exemplo de excesso na concessão de benefícios, o que gerou a crise financeira que vive atualmente o Estado. Rodrigo Maia lembrou que tal política provocou hoje a situação onde servidores precisam de "vaquinha" para sobreviver. "Essa reforma não vem para tirar direitos", insistiu. O deputado pregou que haja seriedade no debate e que ele ocorra para não passar a impressão de que o governo encaminhou uma proposta que tira direitos adquiridos do cidadão.

---
Do Jornal de Brasília com edição do Sinjufego

endereco 00