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Na noite desta segunda-feira, ontem, 04/04, contrariando o que vinha sendo divulgado nos últimos dias, o requerimento de urgência do PL 2648 não foi votado no Plenário da Câmara.

Sob argumento de que não havia acordo de líderes para apreciar outras matérias, entre as quais a do pedido de urgência do projeto de reajuste dos servidores do Judiciário Federal, a ordem do dia foi encerrada sem que houvesse votação do pedido do requerimento de n. 2974/2015, que estava como segundo item da pauta. 

A sessão foi marcada e dominada por debates ao repercutir a defesa do Ministro da AGU, José Eduardo Cardozo, na Comissão do impeachment, reunião essa que havia ocorrida momentos antes de se abrir o expediente extraordinário no Plenário da Câmara.

Parece que esta vai ser a tônica das próximas semanas: o processo de impeachment da presidente Dilma vai canalizar todas as atenções e articulações dos parlamentares, com pouco espaço para discutir outros assuntos.

Ontem foi demonstrado que os partidos de oposição querem foco no impeachment, enquanto que os partidos governistas querem ganhar tempo na votação do impedimento. Para realizar seus objetivos, as lideranças partidárias começaram a adotar a estratégia regimental de obstrução dos trabalhos, não oferecendo o quórum necessário para votar os projetos constantes da pauta.

Hoje, 5, a Fenajufe noticia que ainda poderá haver na Câmara, ao longo do dia, a votação do requerimento de urgência, assim como apreciação do próprio mérito do PL 2648. Mas com um cenário totalmente tomado pela crise política, nada pode ser considerado como certeza absoluta.

Pelo impasse do impeachment, o que se vislumbra no cenário de um novo governo ou com a manutenção do mesmo governo, tanto os partidos de oposição quanto os partidos governistas dão sinais de que a pauta do servidor público não é prioridade neste momento.

Com isso o PL 2648 pode ficar para as calendas gregas, com endosso de parte da categoria que ainda trabalha para arquivar o chamado "PL do leitinho". Enquanto servidores, também temos os nossos impasses.

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Da Redação do Sinjufego

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