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Superada a votação da abertura do impeachment, com a denúncia a ser encaminhada a julgamento pelo Senado, a Câmara Federal não teria, em tese, o pretexto para não retomar a pauta ordinária de apreciação dos projetos de lei. Entre esses, aguardando na Mesa da Casa para votar o requerimento de urgência, está o PL 2648/2015, proposta que repõe parcialmente as perdas salariais dos servidores do Poder Judiciário Federal.

Contudo, segundo analistas, esta semana ainda será de "ressaca" pós-votação do impeachment e de articulação para compor os nomes do provável governo Temer. Em compasso de espera até que saia a decisão no Senado, os projetos da Câmara que provocam aumento de despesa, ainda que assegurados na Lei Orçamentária de 2016, terão um novo olhar dos atuais oposicionistas que poderão, brevemente, se tornar governistas, mas com um leque de apoio parlamentar bem mais consolidado do que o do governo Dilma.

Numa breve leitura do cenário, o Sinjufego entende que não há garantia nenhuma de que esse eventual governo não continuará com o mesmo arrocho hoje imposto aos servidores do Poder Judiciário Federal. As peças do tabuleiro já começaram a se mexer com declarações do presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, de que o seu partido vai dar respaldo às votações necessárias para o ajuste fiscal das contas públicas, isso na hipótese de um governo Temer.

Os servidores públicos, no geral, sabem que essa conta do ajuste fiscal acaba sobrando para a categoria, como tem ocorrido no governo do PT. Nesse sentido, é preciso que o conjunto dos servidores redobre a vigilância porque a futura base parlamentar no Congresso Nacional, muito mais consistente, poderá ser um rolo compressor para aprovar a reforma previdenciária e o temível PLP 257/2015, projetos lançados por Dilma, mas que poderão ganhar novos impulsos com o governo Temer.

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Da Redação do Sinjufego

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