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1aaNãoÀPEC241 2016Se já era tão difícil e demorado para categoria dos servidores do Poder Judiciário da União, pode ficar ainda pior. Com a proposta de desmanche do Estado, que fatalmente caminha para ser aprovada pelo rolo compressor de Michel Temer, um eventual novo Plano de Cargos e Salários da categoria poderá levar 20 anos para ser conquistado. E se aprovada a PEC 241/2016, a Comissão Interdisciplinar do STF, que já começa a discutir um novo PCS, poderá restar totalmente inviabilizada. 

Pela proposta contida na PEC 241, investimentos no setor público devem ser congelados e especialistas apontam que sequer o crescimento vegetativo da folha de pagamentos da União será possível, o que pode significar na prática arrocho salarial de servidores por duas décadas. O Poder Judiciário não está a salvo, será também afetado pela restrição do crescimento da folha, o que vai representar grande dificuldade nas negociações para se aprovar a reposição salarial dos servidores.

A expectativa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, é de que o projeto seja votado até amanhã, terça, 11. Na última quinta-feira, 6, o relatório da PEC foi aprovado por 23 a 7 na Comissão Especial que discute a toque de caixa a PEC que tem potencial para travar o Brasil por pelo menos 20 anos.

Nesta semana haverá trabalho intenso das entidades sindicais no Congresso Nacional e também em aeroportos em Brasília e nos estados. O objetivo é abordar parlamentares e buscar convencê-los com dados e argumentos fortes da importância de derrubar essa proposta de emenda à Constituição que simplesmente pode anular uma série de direitos previstos na própria Constituição.

A necessidade de uma greve geral com indicativo para novembro continua sendo debatida em todo o Brasil. A reação deve ser proporcional a todos esses ataques. Contra o retrocesso o caminho que a história de resistência da classe trabalhadora aponta como único possível é o da luta. 

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Da Redação do Sinjufego

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