Diário da Manhã - Política e Justiça - Dia 12/12/2009
Alcides concede entrevista aos jornalistas presentes ontem no Palácio
Governador nega atrito com PSDB e diz que nunca pressionará instituições a agirem conforme interesses do governo. "Até o final do meu governo estou certo de que não terei nenhum problema de aprovação com as matérias enviadas para o Legislativo. Isto porque são projetos de interesse público." Depois de uma semana de boatos de que a bancada do PSDB começaria a dificultar a votação de matérias de interesse da governadoria, foi assim que o governador Alcides Rodrigues (PP) avaliou seu relacionamento com a Assembleia Legislativa, ontem, em café da manhã com a imprensa no Palácio das Esmeraldas.
Alcides lembrou sua boa relação com os outros poderes - Legislativo e Judiciário - e com os órgãos estaduais. "Nunca colocamos a faca nas costas de nenhuma instituição para pressionar que agissem a favor do governo."
O governador afirmou que os deputados e a imprensa são testemunhas de sua boa relação com parlamentares e instituições. "Nem governador ou o Executivo discriminou parlamentares, pelo contrário, estamos liberando suas emendas e tendo uma relação das mais respeitosas. Um ou outro, por um motivo ou outro, mas não por parte do governador, tem tido uma atuação que, às vezes, confronta conosco, acredito que não no plano pessoal até porque eu nunca fiz nada que os prejudicasse."
Apesar de não ter o apoio de alguns deputados estaduais como Daniel Goulart (PSDB) e Thiago Peixoto (PMDB), o pepista usou como exemplo de seu bom relacionamento com as instituições o almoço que serviu aos vereadores e o jantar para os deputados estaduais, federais e senadores nesta quinta-feira. "Tivemos não a unanimidade de presenças, até porque alguns me ligaram porque tinham compromissos e não tinham como estar aqui. Então tivemos uma presença muito representativa de parlamentares goianos independente de cor partidária."
Alcides continua a não responder sobre quem será candidato e quais serão os projetos da Nova Frente. Os presidentes dos diretórios estaduais dos partidos que compõem a aliança - PP, DEM, PR, PSB, PTN e PDT - mantêm sigilo sobre o assunto.
"Cada partido tem o direito de escolher seu caminho, aquilo que julga correto. E nesse momento temos alguns partidos que participam desse desejo, então isso também é um direito e é justo procurar um caminho que seja bom para Goiás e que seja compartilhado por todos", afirmou o governador.
"Nós nunca discriminamos ninguém. Nós não escolhemos ainda o candidato, e tem partido que já tem candidato, e isso é um direito que o partido tem também. Agora é um direito dos outros partidos discordar de uma ou outra candidatura."
Sobre seu futuro político, o governador explicou que será definido de acordo com os projetos da Nova Frente. A meta do grupo é escolher o que será melhor para Goiás. "O plano pessoal, para mim, é secundário. Quero continuar trabalhando com minha equipe, a que agradeço pelo seu trabalho, e queremos fazer com que o Estado seja cada vez mais respeitado, desenvolvido, e que o povo tenha uma boa qualidade de vida."
Investimento
Alcides, durante seu discurso à imprensa, exaltou que em 2010 investirá R$ 4 bilhões em Goiás de recursos provenientes do tesouro estadual e do goveno federal. "Em 2008, investimos R$ 750 milhões de recursos do Estado. Este ano foi R$ 1 bilhão investido em obras e infraestrutura. Liquidamos o que estava atrasado e tivemos momentos importantes de superação."
O presidente da Agência Goiana de Comunicação (Agecom), Marcus Vinícius de Faria Felipe, disse aos profissionais da imprensa que o governo alcidista foi o que mais "teve transparência e respeito com a imprensa goiana." Lembrou que as dificuldades que o governo apresentou para administrar no início são inerentes a quem governa com responsabilidade.
Tribunal de Contas aprecia balancete da administração
O Tribunal Pleno do Tribunal de Contas do Estado (TCE), em sessão especial na próxima quarta-feira, dia 16, apreciará as contas consolidadas do Governo do Estado do Tocantins do exercício de 2008. A sessão é aberta ao público e será realizada às 10h, no Plenário do TCE. O relator do processo, conselheiro José Jamil Fernandes Martins, apresentará aos demais conselheiros as principais conclusões apontadas durante a análise do balanço geral. O Pleno deve emitir um parecer prévio sobre as contas e encaminhar à Assembleia Legislativa, que dará o julgamento final.
Fazem parte das contas consolidadas do governo as dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e do próprio TCE. Entre os índices que precisam ser cumpridos pelo governo estadual, estão os 25% da aplicação mínima em educação e 12% em ações de saúde. As despesas com pessoal não podem ultrapassar 60% da receita corrente líquida.