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O Popular - Economia - Dia 24/12/2009

 

Ministro disse que mudança, que visava evitar migração de investidores de fundos para a aplicação, não será mais necessária e afirma que medida não está relacionada às eleições

Agência Estado

Mantega: "O País crescerá 5% ou um pouco mais em 2010"Brasília - A taxação da poupança é assunto encerrado no governo, pelo menos até 2010. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que não há mais necessidade de efetuar a taxação dos ganhos da caderneta de poupança.

"Havia uma preocupação de que, com a queda dos juros, haveria uma migração para a poupança, mas isso não ocorreu", disse. "A taxação não foi adotada este ano nem será em 2010", afirmou. Mantega, porém, descartou uma leitura política para a decisão do governo. "Não. Não tem nada a ver com as eleições", comentou.

Quando o Ministério da Fazenda anunciou a taxação da poupança, foi bombardeado pela oposição, que aproveitou o debate para criticar o governo Lula. O argumento econômico para justificar a taxação era a ameaça de que, diante da queda dos juros, haveria uma corrida dos investidores em renda fixa ou outras aplicações financeiras para a poupança em busca de um ganho maior. "Mas isso não aconteceu", resumiu Mantega. Ele explicou que, se em algum momento, esse risco for percebido a medida pode ser retomada. "Agora não há necessidade".

O ministro da Fazenda disse que não identifica qualquer necessidade de aumento das taxas de juros no próximo ano.

Segundo ele, o relatório de inflação, divulgado ontem pelo Banco Central, faz a projeção de que a economia crescerá 5,8% em 2010 e a inflação (4,6%) ficará dentro da meta nos próximos dois anos.

Na avaliação do ministro, não há pressão inflacionária neste final de ano.

O ministro traçou um quadro de prosperidade para o País. Ele estimou que a economia crescerá "5% ou um pouco mais" em 2010, impulsionada pela retomada dos investimentos.

O Banco Central estima que o investimento terá forte crescimento, com aumento de 15,8% este ano em comparação a 2008. "Os investimentos estão voltando com toda a força", disse.