Sinjufego

Vindos de vários estados do país, servidores do Judiciário Federal e do MPU participaram na manhã dessa terça-feira [28] de ato público em frente ao Supremo Tribunal Federal [STF], oportunidade em que protestaram contra a não inclusão da previsão orçamentária do PL 6613/09 na LOA de 2011 (Lei Orçamentária Anual). Além disso, os manifestantes, por meio de palavras de ordem em defesa do PCS, reivindicaram que o ministro Cezar Peluso, presidente do STF, tome uma posição mais firme junto ao governo federal para que os dois Poderes resolvam o impasse em relação ao orçamento do novo plano de cargos e salários da categoria. Duas faixas da Fenajufe com os dizeres “Reajuste só para juízes e procuradores não é justo!” e “Peluso, Gurgel e Lula – Estamos na luta pelos PCSs até a vitória” reforçaram o protesto dos servidores.

O ato contou com a participação de delegações que representaram o Sinpojufes-ES, Sintrajufe-RS, Sindjufe-BA, Sintrajuf-PE, Sintrajud-SP, Sindiquinze-SP, Sitraemg-MG, Sindjus-AL, Sindijufe-MT, Sindjufe-MS, Sintrajufe-CE, Sindjuf-PB, Sitraam-AM, Sisejufe-RJ e Sinjutra-PR. Da Fenajufe, participaram da manifestação os coordenadores Ramiro Lopez, Zé Oliveira, Gérner Matos, Jacqueline Albuquerque, Antônio Melquíades [Melqui], Joaquim Castrillon, Iracema Pompermayer, Evilásio Dantas, Fátima Arantes, Paulo Falcão, Hebe Del, Alexandre Brandi, Cláudio Azevedo, Marcos Santos e Denis Lopes.

Segurança barra entrada de manifestantes
No início, o objetivo dos coordenadores da Fenajufe era entrar, com as faixas, no plenário do Conselho Nacional de Justiça [CNJ] para mostrar ao ministro Peluso e demais membros dos CNJ a disposição dos servidores em se manterem mobilizados até que os projetos de revisão salarial sejam finalmente aprovados. No entanto, o esquema de segurança barrou a entrada dos manifestantes e também impediu que os servidores permanecessem na escada que dá acesso à porta de entrada do STF.

Os servidores iniciaram o ato, protestando o fato de alguns terem sido barrados na porta. Além disso, o tom da fala dos dirigentes sindicais foi de criticar a garantia da previsão orçamentária para o reajuste dos magistrados. “Nos proibiram de participar da sessão do CNJ, nos impediram de usar o carro de som e ainda não permitiram que ficássemos na porta de entrada. Mas não conseguiram e nem vão conseguir nos calar. A categoria está mobilizada, porque somos nós que desenvolvemos o trabalho do Judiciário e não podemos ficar sem reajuste, enquanto os juízes recebem reajuste todos os anos”, disse o coordenador Marcos Santos, também diretor do Sindjufe-PB.

Jacqueline Albuquerque ressaltou que o ato público era uma manifestação pacífica da categoria, por uma reivindicação justa, que é a revisão salarial. “Estamos desde 2008 sem reajuste, diferente dos magistrados, que recebem aumento anualmente. A nossa reivindicação é justa e, por isso, exigimos mais respeito e esperamos que o presidente do STF nos receba ainda hoje”, pontuou a coordenadora da Fenajufe, explicando que a Federação reivindicava uma reunião ainda hoje com o ministro Cezar Peluso.

O coordenador Pedro Aparecido, que também é presidente do Sindijufe-MT e cuja categoria está em greve desde o dia 15 de setembro, reforçou as intervenções dos colegas que o antecederam, explicando os motivos do ato público na porta do STF. “Viemos cobrar o cumprimento do acordo que o ministro Cezar Peluso diz que tem, mas quando vamos ao Ministério do Planejamento, os representantes do Executivo falam que não há qualquer acordo. É injusto não termos a nossa aprovação do PCS, enquanto que o reajuste dos juízes já foi encaminhado ao Congresso Nacional”, criticou Pedro, lembrando que a manifestação de hoje também teve o objetivo de preparar a categoria para a greve, que deve ser retomada em outubro.

O coordenador Gérner Matos, de plantão em Brasília, ressaltou a importância da mobilização, com a presença de representantes de vários estados. “O nosso objetivo aqui é dar visibilidade a nossa mobilização e também forçar o ministro Cezar Peluso a tomar uma posição pública em defesa da nossa revisão salarial”, enfatiza Gérner.

Fonte: Agência Fenajufe de Notícias