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O convênio entre a Secretaria da Segurança Pública, a PM e o TRE deve ser assinado até o final da semana. Os procedimentos preventivos referem-se à guarda e transporte das urnas eletrônicas (este último, feito pelos Correios), ao atendimento das requisições da Justiça Eleitoral e ao incremento de efetivo policial, quando necessário. “Estamos instituindo uma força especial reserva para o atendimento de qualquer necessidade especial nesse pleito”, afirmou Roller.

Por razões de “segurança e estratégia”, o secretário não quis divulgar o número de policiais que serão deslocados durante o processo eleitoral. Nas últimas eleições, em 2006, 2,2 mil militares entraram em ação para coibir práticas como a panfletagem nos locais de votação, a chamada “boca de urna”. A expectativa é de que o número seja maior este ano. Roller garantiu que os 246 municípios goianos terão “atenção proporcional” do poder público. “É bem verdade que onde há maior contingente populacional residindo, maiores são as nossas atenções, em virtude da maior possibilidade de que algo contrário à lei possa ocorrer”, disse, referindo-se aos municípios do Entorno de Brasília. A região é conhecida pelos altos índices de violência. Este mês, o candidato a vereador José Venceslau da Costa (PP) foi assassinado, em Águas Lindas de Goiás, com um tiro à queima-roupa durante comício do prefeitável Geraldo Messias (PP).

O secretário lembrou que a Força Nacional de Segurança já está no Entorno, agora com proposta de instalação definitiva por meio do Batalhão Especial de Pronto Emprego. “Disponibilizamos ao governo federal a sede do 10º Batalhão da PM. Ela estará à disposição da Segurança Pública no Entorno e, portanto, em todo o processo”, frisou Ernesto Roller. No entanto, o secretário afirmou que não será possível garantir a segurança individual de cada candidato. “Estamos tratando da segurança pública e da segurança do processo eleitoral. Sem dúvida, isso se reflete na segurança de todos os atores. Agora, a segurança de cada um, nós não podemos fazê-la.”

Para a presidente do TRE, as eleições estão transcorrendo “dentro da normalidade”. Em relação à violência na região do Entorno, Beatriz afirmou que o problema é de “segurança pública”. “Não é, especificamente, uma preocupação da Justiça Eleitoral, já que a situação lá é diferente do restante do Estado, inclusive de Goiânia”, explicou. “A preocupação existe. Lá tem maior número de pessoas, eleitores e candidatos também.”

Na reunião também estava prevista a participação da juíza da 28ª Zona Eleitoral de Águas Lindas de Goiás, Maria Antônia de Faria, que acabou não comparecendo. A desembargadora garantiu que a vinda da magistrada nada tinha a ver com o tema segurança.


Fonte: Diário da Manhã