Sinjufego

Os diretores do Sisejufe defenderam a necessidade da redução da jornada, tendo em vista que ao longo dos últimos anos houve um grande acréscimo de produtividade devido à implementação de novas tecnologias como, por exemplo, a virtualização dos processos. Esse acréscimo de produtividade leva à intensificação do trabalho e, conseqüentemente, a doenças laborais – tanto físicas quanto mentais. Tal incremento de produtividade não se traduziu em melhoria das condições de trabalho dos servidores. Os diretores do sindicato expuseram aos magistrados que, hoje, há uma inversão no gráfico de licenciamento por doenças decorrentes da atividade laboral. Antes, em primeiro lugar estavam as doenças psíquicas – que ocupam agora a terceira posição. A principal causa de afastamento do trabalho por motivo de doença é a lesão por esforço repetitivo, já que o trabalho judicial se dá quase que inteiramente na frente do computador, sem que, no entanto, haja o reconhecimento da legislação específica que regula a atividade dos digitadores.


Na reunião, os diretores do sindicato lembraram que os tribunais superiores e o TRT da 4ª Região, por exemplo, que reduziram a carga horárioa no trabalho tiveram resultados animadores em relação à produtividade: aumento, em média, de 20%. Também houve a diminuição dos licenciamentos devido a doenças laborais em mais de 30%.

Os magistrados membros da Ajufe se mostraram resistentes à redução da jornada por recearem diminuição da produtividade face ao grande acúmulo de feitos para julgamento, em especial na primeira instância. Os juízes acreditam que a redução agravaria tal situação. No entanto, todos se mostraram abertos a analisar um estudo que trouxesse maior embasamento teórico e principalmente empírico, a partir de experiências de outros órgãos que tenham implementado a jornada de 6 horas. As experiências dos STJ e do CJF, de acordo com os magistrados, não serviriam à comparação, pois “tais órgãos têm lotação completa e número bem inferior de processos para analisar”.

Fonte: Fenajufe com informações do Sisejufe/RJ