Já iniciam-se as mobilizações de sindicatos e servidores contra a retomada dos trabalhos presenciais nos Tribunais, inclusive há decisões tomadas em assembleis virtuais que indicam greve sanitária como medida de prevenção ao coronavírus (COVID-19).

 

O Brasil ostenta na data de hoje (28/07/2020) a segunda posição em casos do novo coronavírus (2,5 milhões) e de óbitos (88 mil) e não há nenhuma perspectiva do fim da pandemia no país nos próximos meses, conforme já alertado pela OMS.

Nesse cenário, as entidades representativas dos servidores do TJ-SP (Fespesp) e do Judiciário Federal de São Paulo (Sintrajud) já realizam mobilizações e assembleias setoriais para discutir o assunto.

Na opinião da diretoria do Sintrajud, o retorno no momento em que o número de casos e mortes por covid-19 segue crescendo, coloca em risco a vida da categoria. O Sindicato protocolou na última sexta-feira, 24 de julho, um novo requerimento contra o retorno presencial na Justiça Federal. Neste segunda-feira (27) o sindicato paulista realizou atos em frente ao TRF-3, no prédio sede do TRE e na JF/Santos. A Executiva do Sindicato informou que as manifestações foram promovidas com respeito a todas as normas de segurança, com distanciamento, máscaras descartáveis e protetores sociais.

Para os representantes do TJ-SP, maior Tribunal de Justiça da América Latina, não é hora da volta ao trabalho presencial, o que deveria ter seu prazo estendido e com segurança, sem o que, ficaria responsável por uma ampliação da pandemia com risco de vida dos servidores e de suas famílias.

No último sábado, dia 25, os servidores da Justiça Eleitoral, reunidos virtualmente em Encontro Nacional, também discutiram a questão da Greve Sanitária diante do agravamento da crise do COVID-19 em meio ao desafio que terão os 15 mil servidores da Especializada para realizar as eleições municipais de 2020, contando com o apoio de 2 milhões de mesários para um contingente de 150 milhões de eleitores.

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