Entre as reivindicações apresentadas pelos trabalhadores na 5ª Marcha Nacional, se destacam:

· Ampliação dos direitos dos trabalhadores;
· valorização do salário mínimo;
· correção da tabela do imposto de renda;
· defesa do piso nacional da educação básica;
· defesa das reservas do pré-sal e por uma nova matriz energética;
· fim do imposto sindical;
· instituição da contribuição negocial;
· ratificação das convenções 151 [que regulamenta a negociação coletiva no serviço público] e a 158 [que coíbe as demissões imotivadas] da OIT;
· redução da jornada de trabalho sem redução de salários;
· fim do fator previdenciário;
· contra as fundações públicas de direito privado;
· combate à toda forma de discriminação;
· igualdade de remuneração entre homens e mulheres em trabalhos de igual valor;
· reforma agrária;
· valorização do serviço público e dos servidores.

Luta pelo fim da cobrança do imposto sindical

Em entrevista à Rádio Fenajufe, que fez a transmissão ao vivo da marcha, direto do carro de som do Sindser/DF (Sindicato dos Servidores Públicos do GDF), o presidente da CUT nacional, Artur Henrique, avaliou que a marcha atingiu seu objetivo, ao apresentar à sociedade, ao governo federal e ao Congresso Nacional, as principais reivindicações dos trabalhadores e também pelo fato de ter sido uma marcha maior dos que as outras quatro realizadas pelas centrais sindicais. Entre as principais bandeiras apresentadas pela marcha, Artur Henrique citou a aprovação da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho, que regulamenta o direito à negociação coletiva no serviço público. Ele lembrou que esta é uma luta histórica da CUT, desde a sua fundação, e das entidades sindicais que representam os servidores públicos.

“Nós estamos vivendo um momento em que é fundamental centrar luta pelo emprego, pela garantia de menos juros, menos superávit primário, para que esse dinheiro possa ser utilizado em investimentos importantes em políticas públicas e em programas que gerem empregos e renda”, disse Artur, ao ressaltar a importância da luta unificada de todos os trabalhadores.

Sobre o recolhimento do imposto sindical pelas entidades dos servidores públicos, o presidente da CUT reforçou que a luta do movimento cutista é pela revogação da instrução normativa do Ministério do Trabalho, que estabelece a cobrança. “A nossa luta é pelo fim do imposto sindical e pela implementação da contribuição da negociação coletiva, aprovada em assembléia pelos próprios trabalhadores, e não da forma como é hoje, um imposto vindo de cima para baixo”, reforçou.

O presidente da CUT disse, ainda, que os ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, e do Trabalho, Carlos Lupi, informaram que o governo apresentaria uma proposta às entidades sindicais, nas audiências previstas para hoje, garantindo que a cobrança não entre em vigor em março do ano que vem e que a instrução normativa fique suspensa por um prazo de um ano, até o momento em que for estabelecido um processo de discussão com as entidades dos servidores públicos sobre o registro sindical. “Se isso se confirmar nas audiências, será uma vitória importante, mas nós vamos continuar na luta pela revogação da instrução normativa e também pelo fim da cobrança do imposto sindical no setor privado”.

Após a marcha, as lideranças sindicais cumpriram uma extensa agenda, que incluem audiências com o presidente da Câmara, deputado Arlindo Chináglia (PT/SP); com o ministro Luis Dulci, da Secretaria Geral da Presidência da República; e com os ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e Guido Mantega (Fazenda). Em todas as audiências, segundo Artur Henrique, seria entregue a pauta de reivindicações dos trabalhadores.

Fonte: Agência Fenajufe de Notícias