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O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-GO) indeferiu pedido feito em nome do governador Marconi Perillo (PSDB), em ofício àquele Poder solicitando a transferência de um servidor do tribunal do interior para a capital. Fernando Nascimento Ribeiro é funcionário do TRE e está lotado em Turvânia, município que fica a 98 quilômetros de Goiânia. 

O ofício atende pedido do pastor João Adair Ferreira, da Igreja Assembleia de Deus, que fez a solicitação por meio de carta no início de julho. No ofício enviado ao tribunal, dia 9 de julho, o governo observa que o período é eleitoral e pede atenção às restrições impostas pela legislação. O documento foi assinado pelo chefe de gabinete de Marconi, Eduardo Zaratz.

Em nota enviada ao TRE no dia 23, o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado (Sinjufego) repudia o pedido. Segundo o sindicato, que trata o caso como “tentativa de interferência política” no quadro funcional do tribunal, o órgão não pode se servir de “casa de favores políticos e por em risco a rigorosa isenção do processo eleitoral”.

Diretor-geral do tribunal, Rodrigo Leandro da Silva explica que a remoção de servidor é feita por meio de concurso específico e atende a uma série de critérios, entre eles o tempo de trabalho do funcionário. “Esse pedido (do governo) foi indeferido tendo em vista a inexistência de previsão legal”, afirma em referência ao processo seletivo pelo qual Fernando Ribeiro teria de passar.

Eduardo Zaratz disse ao POPULAR que todos os pedidos que chegam para o governador são encaminhados aos órgãos competentes para análises. Segundo ele, é orientação do governador. “Isso não quer dizer que ele esteja requisitando. Cabe a cada instituição julgar o pedido”, diz o chefe de gabinete.

Procurado pela reportagem, Fernando Nascimento Ribeiro se recusou, incialmente, a comentar o assunto. Depois acabou contando que tem formação em Publicidade e Propaganda e que quer trabalhar em Goiânia para ficar mais perto da família. “Também quero fazer uma segunda faculdade, agora de Direito”, declarou. Ele frisou que a solicitação foi feita “por terceiros”.

Márcia Abreu

Fonte: O Popular

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