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2014 750420735 2014091045662 jpg 20140910 jpgCitado na delação premiada do Senador Delcídio do Amaral, cujo teor está sendo amplamente divulgado pela revista ISTOÉ nesta semana, Ricardo Lewandowski soltou nota dizendo que a reunião entre ele, a presidente Dilma e o então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ocorrida no dia 07/07/2015 na cidade do Porto (Portugal), foi para discutir exclusivamente a paralisação dos servidores do Poder Judiciário Federal e não para debater eventual forma de interferir na operação Lava-Jato, investigação que apura atos de corrupção na Petrobrás.

À época dos fatos, o ministro da Justiça disse que foi procurado por Lewandowski para que pudesse intermediar o encontro entre o presidente do Supremo e Dilma em Portugal. Cardozo e o presidente do STF estavam em Portugal para participar de encontro com juristas. Segundo o ministério da Justiça, o encontro não constou da agenda de José Eduardos Cardozo porque "não foi programado com antecedência".

Naquele mês de julho de 2015 os servidores encontravam-se em greve como forma de pressão para que o veto da presidente Dilma não fosse aposto ao PLC 28/2015, projeto que foi aprovado por unanimidade no Senado em 30/06/2015, com histórica ocupação do gramado do Congresso Nacional pelos bravos servidores de Goiás. No dia 21/07 o veto total ao projeto foi confirmado pela presidente Dilma quando então seguiu-se intensa luta dos servidores pela derrubada do veto 26/2015. Em reunião conjunta do Congresso Nacional, no dia 17/11, o veto é mantido na Câmara dos Deputados, não chegando a ser apreciado pelo Senado.

Análise do Sinjufego: Agora os servidores do Judiciário Federal servem como álibi para justificar a pauta de uma reunião, encontro esse em terras lusitanas que nem estava previsto para acontecer. Se o projeto de reajuste salarial dos servidores merecesse tal relevante atenção, a situação salarial da categoria já deveria ter sido resolvida, eis que estamos adentrando o mês de abril de 2016 e a reunião na cidade do Porto foi em julho de 2015, lá se vão quase 9 meses e nada do parto do parcial reajuste salarial dos servidores. E o presidente do STF continua demonstrando que não está muito interessado em aprovar o PL 2648/2015. A negociação está tão parada quanto a água do criadouro do mosquito da dengue. E isso é um perigo! O que vem sendo alertado pelo Sinjufego deste agosto de 2015. A crise política-econômica que se agrava a cada dia parece deixar cada vez mais distante a aprovação do PL 2648/2015.

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Da Redação do Sinjufego

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