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Em compasso de espera diante daquilo que poderá ser decidido no processo de impeachment, com reais chances de assumir o governo em nova coalizão, os partidos que hoje fazem oposição já pensam na futura "governabilidade".

A obstrução em votar os projetos no plenário da Câmara não é somente para apressar a deliberação do procedimento de impeachment. Os partidos de oposição, uma vez que poderão ser governistas amanhã, já não têm os mesmos olhos para os projetos de interesse dos servidores públicos, entre os quais o do reajuste parcial dos vencimentos dos servidores do Poder Judiciário Federal (PL 2648/2015).

Esse "corpo mole" dos oposicionistas na votação de projetos que consideram aumento de despesa acaba por agradar também, é claro, os atuais governistas. Para alguns analistas parlamentares ouvidos pelo Sinjufego, os servidores públicos têm que fazer agora uma espécie de "corrida contra o relógio", para não dizer "blitzes". Se não aprovarem os projetos de reposição salarial antes da admissibilidade da abertura do impeachment no Senado a situação poderá se tornar muito delicada durante os 180 dias de julgamento naquela Casa.

Ainda segundo os analistas, o eventual governo Temer vai tomar medidas de cautela tanto na sua interinidade de 180 dias, uma vez que assume a Presidência da República, como no início do seu eventual governo, fechando para balanço para se inteirar melhor da situação das finanças do País.

Assim ao se confirmar tal avaliação, esperamos que não, o ano de 2016 poderá passar em brancas nuvens para os servidores do Judiciário Federal. Diante desse hipotético cenário, "leitinho" ou "leitão" só terá chance de ser aprovado com a retomada de intensa mobilização da categoria. Com Dilma ou com Temer, as dificuldades continuarão.

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Da Redação do Sinjufego

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