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O perigo real do corte da Remuneração dos Servidores Públicos

Se já não bastava a ameaça aos servidores do Judiciário Federal de cortes na remuneração através da PEC Emergencial 186, em tramitação no Congresso Nacional, e a famigerada Reforma Administrativa, em vias de ser enviada ao parlamento, a situação complica ainda mais com a pandemia do Covid-19. Na contramão das soluções adotadas em outros países, Governo Brasileiro e Legislativo, aproveitando o momento difícil da economia e seu possível agravamento, defendem abertamente a redução da remuneração dos Servidores Públicos. Conforme divulgado pela imprensa, estudo encomendado pelo Deputado Federal do PSDB, Eduardo Cury, e realizado pela Consultoria Econômica da Câmara dos Deputados, indica que uma redução de 10% da remuneração dos servidores públicos dos três poderes, seria possível economizar 14,8 bilhões por mês. A proposta conta com a simpatia do Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que já defendeu abertamente em várias entrevistas aos meios de comunicação. Conta também com o apoio Governo e  do Ministro Paulo Guedes, que já defendiam a redução antes da pandemia, com o envio da PEC 186 ao Congresso Nacional e na Reforma Administrativa. Os servidores não podem serem chamados para pagar a conta da ineficiência do Governo no combate a epidemia e na condução econômica do país pelo Ministro Paulo Guedes. Essa medida, além de ir contra a solução adotada em vários países, que vão bancar os salários dos trabalhadores durante o prazo de duração da quarentena por causa do covid-19, atenta contra o preceito constitucional que proíbe a redução da remuneração. O Governo tem outros mecanismos para buscar recursos sem assaltar o bolso dos trabalhadores brasileiros. Sem contar que a solução, ao invés de trazer benefícios para a tão combalida economia brasileira, vai agravar, ainda mais, a situação do país. Os Servidores precisam ficar atentos, mesmo que a redução seja durante a crise, conforme apregoada por algumas lideranças do Congresso, uma vez reduzida, a remuneração nunca mais volta ao valor original. 
 

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