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A avaliação das lideranças sindicais presentes à reunião, ao discutir a data do início da greve, é que o mês de agosto é um momento crucial para a luta da categoria, considerando que até o dia 31 de agosto o governo deve encaminhar a proposta final da LOA de 2013 para o Congresso Nacional. Por isso, segundo a definição da reunião deste sábado, o movimento nacional será pelo “fechamento do acordo entre o Executivo e o Judiciário Federal e garantia dos recursos do PCS na proposta orçamentária a ser enviada até o dia 31 de setembro ao Legislativo”. Com esse mote, a Fenajufe orienta que os sindicatos iniciem as discussões com a categoria nos estados e construam a greve para a primeira quinzena de agosto, sendo que até o dia 15 todos já devem estar com suas atividades paralisadas.

“A Diretoria da Fenajufe trabalhou com a ideia de uma greve forte na primeira quinzena de agosto. Então, a nossa orientação é que até o dia 15 em todos os estados a categoria esteja paralisada, respeitando aquelas que já definiram a data da deflagração do movimento. O nosso foco deve ser o fechamento da proposta orçamentária por parte do governo, com os valores do PCS. Mas também precisamos pressionar por um acordo entre os poderes que viabilize a aprovação do plano”, disse Zé Oliveira, coordenador geral da Fenajufe.

Jean Loiola, coordenador de Comunicação, que defendeu a greve logo no início de agosto, avaliou que o calendário definido na reunião deste sábado deveria indicar a deflagração imediata do movimento, mas considerando o ritmo de cada sindicato. “Alguns sindicatos que estão aqui já definiram a data de sua greve, que deve começar logo em todo o país. Mas precisamos compreender as dificuldades de cada local e elaborar um calendário que permita que os estados vão aderindo ao movimento até o dia 15 de agosto, quando todos já devem estar na luta. E para construir essa mobilização é preciso a unidade da categoria”, disse.

Para Pedro Aparecido, coordenador geral da Federação, a greve da categoria precisa se basear não somente no envio da proposta da LOA ao Congresso, mas nas pressões junto ao governo federal e ao STF para o fechamento de um acordo favorável ao Plano. “Sabemos que o acordo precisa sair, senão de nada adianta os valores do PCS serem incluídos na proposta orçamentária porque, caso contrário, haverá veto, como ocorreu no ano passado. E só terá acordo com uma greve forte e mobilização unificada com o conjunto do funcionalismo federal”, disse.

A coordenadora Jacqueline Albuquerque, ao defender o calendário indicado pela Fenajufe, também afirmou a necessidade da unificação das mobilizações da categoria com os outros setores do funcionalismo federal. “É importante que a maioria dos sindicatos busque a unidade com os demais servidores federais. Não há saída para o Judiciário se não fizermos o embate com outros setores do funcionalismo, para mudar essa política que tá colocada pelo governo. Uma política que segue as orientações do Fundo Monetário Internacional, da qual o governo não vai abrir mão facilmente. Essa unidade tem que ser ampliada em nível nacional”, ressaltou Jacqueline, afirmando a importância de todos os sindicatos filiados à Fenajufe participarem do Dia Nacional de Lutas dos SPFs em 31 de julho, próxima terça-feira.

Marcha no dia 15 e reunião ampliada
O Congresso Nacional da CUT (Concut), realizado em São Paulo no início de julho, aprovou a realização de uma marcha nacional de toda classe trabalhadora no dia 15 de agosto, em Brasília. E por considerar que os servidores do Judiciário Federal e do MPU devem se juntar às demais categorias do funcionalismo e dos trabalhadores em geral para tentar barrar a política de congelamento salarial e de reajuste zero do governo, a reunião deste sábado definiu também a participação da categoria nesta marcha do dia 15, cuja organização ainda será definida pela CUT nacional. A orientação da reunião é que essa atividade seja articulada com as outras centrais sindicais – CTB e CSP-Conlutas – e com as entidades nacionais dos SPFs.

Aproveitando esse calendário, também foi definido o indicativo de uma atividade específica do Judiciário Federal e do MPU para esse período, ainda a ser definida e convocada pela Diretoria da Fenajufe. A ideia é que a manifestação seja com foco no Ministério do Planejamento, cobrando que o governo respeite a autonomia do Poder Judiciário no envio da proposta orçamentária de 2013 ao Congresso Nacional com os valores do PCS.

O calendário de luta definido na reunião deste sábado indica, ainda, a realização de uma reunião ampliada prevista para o dia 18 de agosto, que poderá ser antecipada com base na marcha do dia 15, programada pela CUT. A convocatória da ampliada com a data certa será enviada em breve pela Fenajufe a todos os sindicatos filiados.

Fonte: Agência Fenajufe de Notícias

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