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"Dia 18: eu vou!"

“Se aprovada, a proposta pode significar, para os servidores públicos da União, perda de metade do poder de compra dos trabalhadores. Com redução salarial de 25% e inflação de 4,5% ao ano, ao longo de 7 anos, haverá redução de metade do poder de compra dos servidores até 2026.”

Em tramitação no Senado Federal, a PEC Emergencial entregue pelo governo propõe redução de 25% dos salários dos servidores, com redução proporcional de jornada, e congelamento de remunerações pelos próximos sete anos. Segundo o Auditor Federal de Finanças e Controle da Secretaria do Tesouro Nacional, Bráulio Cerqueira, o governo não estimou, na proposta, os impactos da redução de salários dos servidores no PIB nacional.

Segundo o especialista, a consequência imediata é a perda de produtos no curto prazo, o que intensificará a crise econômica brasileira.

A fala foi proferida nesta quarta-feira, 5/3, durante o Seminário "Plano Mais Brasil em debate: a PEC Emergencial", que tratou especificamente da PEC 186/2019. O evento foi realizado pela Arca - Carreiras Públicas pelo Desenvolvimento Sustentável e pela Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Planejamento e Orçamento (Assecor), e aconteceu na Câmara Federal.

De acordo com Cerqueira, não há nenhum dado divulgado sobre uma possível economia real com a PEC Emergencial.

Na prática, se aprovada, a proposta pode significar, para os servidores públicos da União, perda de metade do poder de compra dos trabalhadores. "Com redução salarial de 25% e inflação de 4,5% ao ano, ao longo de 7 anos, haverá redução de metade do poder de compra dos servidores até 2026.

Apesar das regras da PEC indicarem fim em 2022, Bráulio Cerqueira avalia que o texto terá vigência até 2026 por ordem do Teto de Gastos e também da Regra de Ouro. No cenário previsto pelo Auditor, haverá dificuldades de retomada da economia no Brasil e intensa desorganização da administração pública.

Para os participantes do Seminário, o Plano Mais Brasil, em vez de contribuir para a recuperação da economia, antecipa e aprofunda a crise.

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Fonte: Condsef com edição do Sinjufego

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