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Hoje Notícias - Política - Dia 04/03/2010

Mirelle Irene

Ontem, tanto o governador Alcides Rodrigues (PP) quanto o secretário da Fazenda, Jorcelino Braga (PP), voltaram a comentar as possíveis repercussões que a CPI do Endividamento pode gerar para o governo e para a eleição deste ano. O governador foi questionado sobre o assunto durante evento no Tribunal de Justiça, no qual o vereador e jogador de futebol Túlio Maravilha doou a camisa do Gol 900 à Organização das Voluntárias do Judiciário (OVJ).

Alcides disse não acreditar que a investigação na Assembleia vá se transformar em palanque eleitoral, e defendeu a transparência como característica do governo. “Seria bom que tudo viesse à tona. Não só problema de endividamento, déficit. É sempre bom ser transparente”, disse Alcides. “O Executivo é bastante transparente nas suas ações”, garantiu.

O governador fez questão de sublinhar que a alteração do nome da CPI – de Déficit para Endividamento – revela um pouco de como vai ser o processo. “Foi instalada uma CPI do endividamento e não do déficit, que são completamente diferentes. São nuances que aparentemente são simples, mas completamente diferentes”, ressaltou.

Já o secretário Jorcelino Braga foi mais crítico. Lembrado de que os deputados do PSDB na Assembleia pretendem fazer uma devassa nas contas do governo e aumentar o nível de críticas sobre o déficit de R$ 100 milhões mensais alegado como herança deixada para os pepistas, Braga disparou: “Acho bom eles terem muita munição”, disse.

“Essa CPI é uma CPI eleitoreira, com o fim de confundir a opinião pública”, classificou. Segundo Braga, os números falam por si e confirmam que houve o déficit na transição de governos PSDB-PP.  “Os números estão em balanço. Quando eu disse que foi R$ 1,308 bilhão que o governador Alcides Rodrigues recebeu, em 31 de março de 2006, porque isso me foi fornecido pelo Controle Interno, é número de contabilidade”, reforçou.

LIVROS

Braga rebateu a acusação do deputado Daniel Goulart (PSDB) de que o governo teria mudado a metodologia desses cálculos para justificar seus argumentos. “Este governo não muda critério. Este governo tem o critério da decência e do caráter. Este governo não tem o critério da mentira. Este governo não mente”, assegurou. “Esses discursos políticos de provocação não levam a nada. Só levam a quem interessa criar um debate político. Eu não estou em debate político. Eu estou desenvolvendo um critério técnico”, falou.

Sobre as críticas de adversários tucanos, Braga disse: “Acho que as pessoas precisam ter alguns livros para estudar sobre Contabilidade Pública, para saber o que é Restos a Pagar, o que é Déficit e de onde vem”, sugeriu.

Para o secretário, o debate deveria ficar no critério técnico e não político. “Se alguém quisesse discutir o déficit em Goiás, com critérios e sem malabarismo político, as pessoas podiam procurar a Sefaz ou o próprio secretário para esclarecer determinados pontos”, disse, garantindo que iria “com prazer” se fosse convidado pela CPI para esclarecimentos.

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