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PSDB não achou que Brasil 'podia mais' quando governou, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ironizou nesta quarta-feira (14), em São Paulo, o slogan “O Brasil pode mais”, adotado pelo pré-candidato tucano à Presidência da República, José Serra. “O Brasil sempre pode mais. O Brasil pode tudo. Sou o maior otimista de que o Brasil pode e pode muito, é só a gente acreditar na gente. É uma pena que quando eles governaram eles não acreditaram que podia mais”, afirmou.

“O Brasil pode tudo e entrou numa fase importante agora da credibilidade, da autoconfiança, da autoestima, da estabilidade, por isso, o Brasil pode dar um salto de qualidade.”

No sábado passado (10), Serra foi oficialmente lançado como pré-candidato do PSDB à Presidência. Em seu discurso, adotou como slogan a frase "O Brasil pode mais" ao dizer que ainda "falta ainda muito o que fazer" no Brasil. O slogan não é novo. Foi usado na campanha de Alckmin à presidência em 2006, mas como se diz em publicidade, não "colou".

No dia anterior, em evento do Sebrae, Lula já havia dado outra “cutucada” no adversário tucano. Após o presidente listar as conquistas que o país teve nos últimos anos, Lula disse que o Brasil vive um “momento de ouro” na área econômica e social, mas as pessoas esquecem quem fez o quê: "Todo mundo está acreditando que o Brasil pode fazer mais um pouco [...] Hoje o prato está feito e ninguém quer saber quem fez. [...] Então quando tudo está pronto, fica fácil, a gente não quer discutir."

Maratona eleitoral

Questionado sobre a pesquisa Sensus divulgada nesta terça (13), que apontou um empate técnico entre a pré-candidata do PT ao Planalto, a ex-ministra Dilma Rousseff, e Serra, Lula afirmou que não comentaria o resultado. Ele disse que o único conselho que poderia dar aos pré-candidatos seria não ter pressa.

“Temos seis meses pela frente. A única coisa que posso dizer aos candidatos é que não tenham pressa porque uma campanha é uma maratona de muitos quilômetros e quem tentar correr vai chegar cansado. Agora é hora de preparar o combustível, preparar os motores e depois começar a campanha.”

Apelo aos empresários

Antes, durante discurso na cerimônia de abertura do evento, Lula fez um apelo aos empresários para que não haja turbulências econômicas no País por conta do ano eleitoral. Ele disse que era chamado de "demônio" quando concorreu às eleições em anos anteriores por conta do temor de que modificasse as bases da economia.

"Eu acho que vocês são profissionais e sabem que estamos vivendo um momento extraordinário. Eu só queria pedir para vocês o seguinte: eu acho que, em um ano eleitoral, a gente não deveria permitir que o processo eleitoral criasse qualquer transtorno nas políticas de investimento. Acabou aquela história de quando eu era candidato, em que diziam que eu era o demônio - ''vem aí o demônio'' - e os empresários iriam fugir para Miami", afirmou.

"Esse País virou tão sério que, quem entrar para presidir, vai ter que ter mais juízo do que quem está saindo. Não há mais possibilidade de brincar com o Brasil. Nós cansamos de brincadeira e de irresponsabilidade."

Sucessor de Serra defende privatizações

Antes de Lula, o governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), havia feito um discurso em favor das privatizações feitas durante o governo FHC, principalmente em relação aos avanços do setor siderúrgico. Ele defendeu também a queda do monopólio da Petrobras. "Isso é uma questão pragmática e não ideológica. É uma questão de interesse do País", disse Goldman. Fonte: Sítio O vermelho - Da sucursal de Brasília com agências

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