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O encontro, que reuniu servidores do Judiciário Federal e do MPU de quase todos os estados do país, também aprovou um calendário que prevê a jornada nacional de mobilização dias 12 e 13 de abril e rodada de assembleias nos estados até 27 de abril para discutir e votar o indicativo de greve por tempo indeterminado. Além disso, a ampla maioria dos delegados e observadores, em suas intervenções durante a reunião ampliada, reforçou o Dia Nacional de Lutas, em 23 de março, próxima quarta-feira, e o esforço concentrado no Congresso Nacional, convocado pela CUT nacional e outras entidades do funcionalismo, para os dias 23 e 24, com o objetivo de convencer os parlamentares a votar contra os projetos que retiram direitos dos trabalhadores e do funcionalismo público.

A partir das informações repassadas pelos representantes de cada sindicato, a conclusão que se pode tirar do cenário é que, mesmo com as dificuldades comuns a todo processo de mobilização depois de duas greves realizadas em 2010 e as retaliações praticadas pelas administrações dos tribunais, a categoria está disposta a retomar a luta, de forma mais intensa, para conquistar a revisão salarial, prevista nos PLs 6613/2009 e 6697/2009. Vários sindicatos já promoveram rodada de assembleias e atividades com os servidores nos locais de trabalho, visando conscientizar toda a categoria de que somente a luta unificada será capaz de garantir a aprovação dos planos de cargos e salários e, que diante do cenário de impasses com a falta de um acordo entre os três poderes, a construção de um movimento grevista ainda neste semestre deve ser a prioridade no momento. Para reforçar a urgência da retomada do movimento, os participantes da ampliada também citaram algumas medidas do novo governo, como o corte de 50 bilhões no Orçamento de 2011, e os projetos em tramitação no Legislativo que congelam o salário do funcionalismo e abrem brechas para a terceirização dos serviços públicos.


Delegados reafirmam defesa do PCS
A polêmica sobre a forma de remuneração – se por meio da revisão da tabela atual prevista nos PCSs ou pela alteração para a forma de subsídio – tomou conta do debate na parte da tarde, mas a maioria dos delegados da ampliada reafirmou a manutenção da luta em defesa dos planos de cargos e salários, conforme o conteúdo dos PLs 6613/2009 e 6697/2009. Coordenadores da Fenajufe e representantes de vários sindicatos fizeram um histórico dos debates sobre a carreira, que culminaram nos projetos de revisão salarial, e lembraram que em todos os fóruns deliberativos a categoria referendou a tabela de reajuste salarial e outros pontos que constam dos projetos que estão na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados. Além disso, ao defender a deflagração do movimento grevista, reafirmaram também a importância da luta de todos e fizeram um chamado aos servidores que defendem o subsídio a participar da construção da greve por tempo indeterminado. 


“É importante que fique claro que, no momento, enfrentamos uma conjuntura mais difícil que a do ano passado. Portanto, é fundamental a retomada do movimento de forma unificada, com força total. Também faço um chamado a todos os companheiros para que entendam que não há proposta fácil de reajuste, já que a posição do governo é pelo congelamento salarial”, afirmou a coordenadora Ana Luiza Figueiredo, ao defender a unidade da categoria em torno da proposta de reajuste previsto no PL 6613.

A mesma linha de defesa fez o coordenador geral Zé Oliveira, que resgatou os trabalhos do GT de Carreira e o processo de elaboração do projeto de lei. “Fizemos uma discussão de forma aprofundada durante dois anos, em todo o país, até chegar na proposta final de revisão salarial. Esse projeto não é uma defesa somente da Fenajufe e dos sindicatos, mas de uma grande maioria da categoria, que aprovou o seu conteúdo nos fóruns deliberativos. Quem ganha com esse tipo de divisão não somos nós, mas é o governo federal, que não quer negociar com os servidores, e o ministro Peluso, que não compra a briga com o Executivo para garantir a aprovação do nosso plano”, disse Zé, lembrando que até o momento não há qualquer acordo entre o Executivo e a cúpula do Judiciário para votar os projetos.

Cledo Veira, coordenador da Fenajufe, também reforçou o chamado feito pelos colegas de direção para que todos os servidores participem das manifestações convocadas pelos sindicatos de base, reafirmando a importância da unidade nesse cenário de dificuldades e impasses. “Vamos precisar da união de todos, porque os nossos inimigos são muito mais fortes e maiores do que nós”, enfatizou.

Calendário de luta

A proposta de calendário, sugerido pela Diretoria Executiva da Fenajufe, que se reuniu na sexta-feira (18/03), prevê, além do indicativo de greve por tempo indeterminado a partir de 3 de maio, que os sindicatos participem da Jornada Nacional de Lutas nos dias 12 e 13 de abril. Os coordenadores da Federação explicam que no dia 12 de abril as atividades devem se concentrar nos estados, com realização de atos públicos, debates e mobilizações nos locais de trabalho, e no dia 13, os sindicatos devem enviar delegações a Brasília para o ato unificado dos servidores públicos, organizados por várias entidades nacionais.

Na quarta-feira, 23 de março, a Fenajufe, a CUT, outras centrais sindicais e entidades do funcionalismo participam do esforço concentrado no Congresso, que terá início às 9h, no Anexo 2 da Câmara dos Deputados. No mesmo dia, o Sindjus-DF realizará um ato público, como parte do Dia Nacional de Mobilização em defesa dos PCSs e contra o PLP 549/2009. A concentração será a partir das 15h, na Procuradoria Geral da República, de onde os manifestantes sairão em caminhada em direção ao Supremo Tribunal Federal, onde será encerrado com ato público. A Fenajufe orienta que os representantes dos sindicatos que vierem para a atividade no Legislativo também se juntem aos colegas do Distrito Federal e participem da manifestação convocada pelo Sindjus-DF.


Fonte: Agência Fenajufe de Notícias


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