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Em visita nesta segunda-feira, 2 de julho, ao Rio de Janeiro para encontrar com o presidente do TRE, desembargador Luiz Zveiter, com juízes eleitorais e chefes de cartórios das 249 Zonas Eleitorais fluminenses, a presidenta do Tribunal Superior Eleitoral [TSE], ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, disse estar preocupada com a paralisação dos servidores do Judiciário Federal no Rio e em todo o país, em especial os da Justiça Eleitoral, em luta pela aprovação do PL 6.613/2009. O encontro da presidenta do TSE aconteceu na sede do Tribunal Regional Eleitoral, na avenida Presidente Wilson, às 12h.

Em entrevista coletiva, a ministra disse que “só quem pode falar pelo Judiciário Federal é o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Carlos Ayres Brito, assim como assinar propostas e emendas”. Segundo Cármen Lúcia, “o que os outros ministros podem fazer é levar até o conhecimento do presidente do STF as demandas que chegam dos servidores, o que os juízes eleitorais têm relatado e as consequências” dessa insatisfação da categoria. “Tudo que chega a mim, tanto da parte dos servidores quanto da parte dos tribunais eleitorais preocupados com a possibilidade de greve, tenho levado ao conhecimento do ministro Ayres Britto”, garantiu. Após a coletiva, Cármen Lúcia conversou com o diretor sindical Moisés Leite no gabinete do presidente do TRE.

De acordo com Cármen Lúcia, o presidente do Supremo tem dito que “está trabalhando exatamente neste sentido, o de entabular negociações para saber como o Judiciário pode fazer para atender ou negociar as demandas dos servidores”.

Até o primeiro turno das eleições deste ano, no dia 7 de outubro, a presidente do TSE visitará todos os Tribunais Regionais Eleitorais. Nas últimas semanas, ela esteve nos TREs de cinco estados [PR, MG, GO, ES e RR], além do Distrito Federal. O objetivo da visita da ministra ao Rio de Janeiro e nos outros estados é verificar com os juízes eleitorais quais áreas vão necessitar de reforço na segurança – podendo haver participação até o exército – para garantir a tranquilidade das eleições.

Diretor se reúne com ministra Carmem Lúcia
Após falar com a imprensa, Cármen Lúcia conversou com o diretor do Sisejufe-RJ Moisés Leite, no gabinete do presidente do TRE, Luiz Zveiter. Ao diretor sindical, a ministra garantiu que tem se empenhado junto aos outros ministros nas negociações para a aprovação do Plano de Cargos e Salários [PCS].

Moisés Leite afirmou à presidenta do TSE que os servidores do TRE do Rio de Janeiro têm a preocupação de não prejudicar as eleições, mas devido à defasagem salarial de seis anos da categoria, de forma entristecida, se veem diante de um impasse e obrigados a paralisar os trabalhos na luta pela aprovação do PL 6613. O diretor sindical informou também que a categoria judiciária federal fluminense tem um calendário de lutas que indica 48 horas de greve nos dias 4 e 5 de julho.

Cármen Lúcia voltou a afirmar que tem se “empenhado nas negociações, mas que não tem há nenhuma informação concreta”. Ela manifestou preocupação com o movimento de greve e paralisações, pois a ministra acredita que a interrupção das atividades dos servidores, principalmente do TREs, pode inviabilizar a negociação que está em andamento.

O diretor sindical Moisés Leite disse compreender a preocupação da magistrada, mas interpôs que, na medida em que as negociações não avançam, a tendência é a radicalização do movimento paredista. E conclui a conversa com a ministra, acrescentando que no sentido contrário, a construção de um acordo o mais rápido possível será fundamental para a realização de uma grande eleição em todo o estado do Rio e no país.

Fonte: Sisejufe-RJ

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