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Se não for em 2012, quando será?

Culturas místicas preveem o fim do mundo em 2012. A certeza é de que, caso não consigamos aprovação da reposição inflacionária em 2012, estaremos muito próximos é do fim da nossa carreira. A desprofissionalização dos servidores será o futuro promissor do Poder Judiciário da União cuja cúpula nada faz e se curva subserviente ao Poder Executivo.

Já existe mesa de negociação formada para discutir com algumas categorias do serviço público federal. Segmentos que estão mobilizados. O Governo Federal já sinalizou que vai negociar apenas com as carreiras que estão fazendo greve expressiva e já insinuou que o Judiciário não é prioridade. Essa é a lógica: quem faz mais pressão tem mais poder de barganha. Tanto é que os professores das Universidades Federais recusaram proposta de aumento de até 45%.

E nós, servidores do Judiciário Federal, não temos, até então, proposta clara de aumento, mas de trabalho e de cumprimento de metas, frise-se. Nossa pauta salarial para 2013 é zero de reajuste. Vamos repetir: a proposta que o governo tem para nós é um zero bem redondo em 2013!  O Executivo pretende enrolar até 31 de agosto de 2012, quando então irá apresentar a peça orçamentária do ano que vem. Quem não estiver no PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) vai espernear, chorar, mas o Governo simplesmente vai argumentar: sinto muito, não está no PLOA, vamos deixar para discutir isso em 2013. Assim o Executivo vai desmontando as greves e vai nos empurrando anos para frente, ganhando tempo para aprovar o PL 549/2009, que vai congelar o salário do funcionalismo por 10 anos.

Atento a essa grande enrolação, a essa grande humilhação que se arrasta por anos, o Sinjufego retomou ontem, dia 09, rodadas de assembleias setoriais nos três órgãos do Poder Judiciário Federal em Goiás. Os colegas do TRT-GO estão despertando para o grave momento da nossa carreira e tivemos boa participação. Em algumas Varas do Trabalho foi feito arrastão de convencimento. Semelhante participação foi encontrada na JF e no TRE. Em todas as assembleias preparatórias ficou evidenciado que Goiás precisa se juntar aos outros Estados que já deflagraram greve.

O Sinjufego assume o compromisso de fazer movimento paredista organizado, colocando à disposição a estrutura necessária para promover e manter nosso movimento. Contudo, ressalta que a greve tem que ser ampla, geral e irrestrita. Se o aumento salarial vai beneficiar a todos, a luta para conquistá-lo tem que ser de todos. Não podemos jogar a responsabilidade de uma greve nas costas dos nossos colegas do TRE-GO. Ainda não existe um PCS exclusivo para cada órgão do Judiciário Federal. Claro que o foco neste ano é na Justiça Eleitoral, mas isso não quer dizer que os servidores do TRT e JF assistirão impassíveis a luta dos outros colegas. Temos certeza que isso não irá acontecer e de que a luta solidária vai acontecer.

Conclamamos, então, os servidores para que participem das assembleias do dia 16/08/2012, próxima quinta-feira, momento em que votaremos a proposta de greve por prazo indeterminado. Queremos fazer greve de qualidade, greve real, com adesão, com envolvimento e comprometimento de todos. Distrito Federal, São Paulo e Mato Grosso já entraram em greve, havendo casos de suspensão de prazos e de audiências em Varas Trabalhistas de São Paulo.

Encerramos dizendo que não há, definitivamente, nenhum acordo de negociação, apenas boatos plantados que visam desmobilizar a categoria. Se há quem acredita que o aumento salarial está definido para 2013, podemos acreditar também que Saci-Pererê existe. Vamos acreditar somente em nossa força, se não queremos, por algum motivo, lutar por nós, lutemos por um futuro melhor para nossos filhos. É o mínimo que nossas famílias esperam de nós. Fiquem cientes de que temos uma única tentativa para realizar nosso salto: não vamos refugar. Todos à mobilização!

Sinjufego - Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal em Goiás

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