Diário da Manhã - Política e Justiça - Dia 09/01/2010
Ministro interino das Relações Institucionais, Olavo Noleto, governador Alcides Rodrigues e secretário Braga no Palácio Pedro Ludovico
Em reunião com ministro Olavo Noleto, pepista afirma que o partido estará junto com presidente Lula em outubro. "A nossa tendência é estar com o presidente Lula (PT) e apoiar a ministra (Casa Civil) Dilma Rousseff (PT)." O governador Alcides Rodrigues (PP) foi categórico sob os olhares do ministro interino de Relações Institucionais, o goiano Olavo Noleto, o secretário da Fazenda Jorcelino Braga (PP), o deputado federal Pedro Wilson (PT) e a possível candidata a vice-governadoria pelo PMDB, Marina Sant'anna (PT). De passagem por Goiânia, o ministro visitou primeiro o prefeito Iris Rezende (PMDB) no Paço Municipal e seguiu para o gabinete do governador no Palácio Pedro Ludovico.
A visita foi a pedido do presidente Lula (PT) para fortalecer a chapa lulista com o PMDB e com o PP no Estado. Olavo disse à imprensa que a base do presidente vai "vencer as eleições em Goiás". Contou que, além da visita de cortesia, tinha muito o que conversar com os chefes do Executivo municipal e estadual. "Visitei o prefeito Iris, estou aqui com o governador e, claro, nessa visita a gente está tendo muita coisa pra conversar e sempre esse carinho e essa parceria que têm se fortalecido a cada dia. Vocês são testemunhas disso nesses últimos dois anos, trabalhamos muito aqui em Goiás e temos a honra de ter o governador como parceiro e hoje posso dizer como irmão."
"O presidente Lula sente muito orgulho do que ele está vendo acontecer aqui em Goiás. O governo de Alcides e também de toda a base aliada. Tudo que está acontecendo está dentro daquilo que prevíamos. Presidente nunca pediu ao governador que tomasse posição A ou B, a história está sendo construída a partir daquilo que é de mais limpo e leal por parte dos autores", emendou.
O ministro não escondeu que é vontade do presidente que seja apenas uma chapa em Goiás. Mas fez ressalvas. Lembrou que, pela história política do Estado, não é fácil unir a base do PMDB com a base do PP, por serem adversários históricos. "É claro que o tempo da política mostra que a cada dia tem muita coisa nova, muita água passando debaixo da ponte." O ministro disse que Lula está satisfeito com a trabalho e com as ações do pepista. "Eu não tenho dúvida que em 2010 vamos colher essa história de trabalho junto, lealdade, parceria e companheirismo."
Apesar de não admitirem, ficou claro pelas conversas e olhares durante o encontro que as estratégias do PMDB e da Nova Frente já estão sendo definidas. E receberão ordens do Palácio do Planalto para se alinharem na linha de frente da batalha contra o pré-candidato do PSDB, Marconi Perillo. Alcides confirmou que Olavo tem ajudado muito Goiás. "Nós temos relacionamento excelente com a União. E ele tem sido um dos principais interlocutores juntamente com o secretário da fazenda e outas secretarias. É bom ressaltar que temos aqui uma figura importante no cenário nacional, que é o ex-prefeito Pedro Wilson, que, como deputado federal, tem nos ajudado muito no governo federal. Não só com emendas destinadas ao Estado e aos municípios, mas na ação incisiva e na defesa dos interesses de Goiás."
Questionado sobre a possibilidade de apoiar o candidato do PMDB, Alcides disse que está trabalhando, juntamente com Lula e com Iris, para ter três candidaturas ou até mais. Queremos uma frente, um grupo político, que tenha um projeto modernizador para Goiás, um projeto para o Estado, para os goianos. E todos estão firmes nesse propósito, nessa mesma direção".
Governador comemora queda da dívida pública
O governador Alcides Rodrigues exaltou o papel do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos índices econômicos positivos de Goiás. Ele lembrou que, pela primeira vez em Goiás, teve um decréscimo da sua dívida pública. "Um decréscimo da sua dívida pública, pela primeira vez na história, de R$ 13,2 bilhões para R$ 12,5 bilhões. Exatamente 5,6% de diminuição da dívida pública. Isso é histórico. O crescimento da dívida pública de Goiás foi o segundo do País - perdemos para Pernambuco. Se não fosse o caso do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da Celg (que não vem quitando os débitos com o governo do Estado), nós estaríamos em primeiro lugar no Brasil."
Ainda sobre a Celg, Alcides afirmou não ter lido ainda o relatório da Fundação Instituto e Pesquisas (Fipe) sobre a Celg. Texto revela que, de 2006 a 2008, no governo do pepista, houve redução de terceirizados. Porém, em 2009, houve gasto que não fez compensar a economia. "O que posso dizer é que a direção da Celg está trabalhando com muito zelo e competência para fazer com que essa empresa saia dessa situação delicada em que ela se encontra. Ou seja, ela vale bem menos que a dívida que ela detém."
De acordo com o pepista, algumas premissas já foram cumpridas na área técnica entre a Eletrobrás, Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) e o Estado de Goiás. "Vamos a Brasília na terça-feira para novas discussões. E o ministro Olavo Noleto vai ter uma audiência com o presidente da república este mês, a qual deve ser decisiva para a tomada de posição com relação a essa negociação."
