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Sinjufego

A liberação e transferência do corpo para o Brasil está dependendo de um documento, que está sendo providenciado pela família da vítima. Segundo a nota, o senador Flávio Arns (PSDB-PR), sobrinho de Zilda, relatou as circunstâncias da morte da médica.

"A Dra. Zilda estava em uma igreja, onde proferiu uma palestra para cerca de 150 pessoas. Ela já tinha acabado seu discurso e estava conversando com um sacerdote, que queria mais informações sobre o trabalho da Pastoral da Criança. De repente, começou o tremor. O padre que estava conversando com ela, deu um passo para o lado e a Dra. Zilda recuou um passo e foi atingida diretamente na cabeça, quando o teto desabou. Ela morreu na hora.A Dra. Zilda não ficou soterrada. O resto do corpo não sofreu ferimentos, somente a cabeça foi atingida."

O sacerdote que conversava com ela sobreviveu. Outros quinze sacerdotes que estavam próximos a ela faleceram, informa a nota da Pastoral da Criança.

Enterro

Ainda não há detalhes sobre o velório, mas o enterro será no Cemitério da Água Verde, em Curitiba, onde estão enterrados familiares da vítima.

Zilda era irmã do cardeal dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo. Em nota, ele disse que ouviu emocionado a notícia que sua "caríssima" irmã sofreu "com o bom povo do Haiti o efeito trágico do terremoto". Para o religioso, não é hora de perder a esperança.

"Que nosso Deus, em sua misericórdia, acolha no céu aqueles que na terra lutaram pelas crianças e os desamparados. Não é hora de perder a esperança", diz dom Paulo na nota.

Nascida em 1934, Zilda era representante da CNBB (Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil) e fundadora também da Pastoral da Pessoa Idosa.

Ela também era membro do Conselho Nacional de Saúde e membro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

Viúva e mãe de cinco filhos, ela era empenhada em causas ligadas ao combate à mortalidade infantil, desnutrição e violência familiar. Ela chegou a ser indicada ao prêmio Nobel da Paz em 2006 e recebeu outros diversos prêmios.

Militares

Os corpos dos 14 militares brasileiros mortos no terremoto devem ser trasladados ao Brasil neste fim de semana, informou o Ministério de Relações Exteriores brasileiro.

Os corpos serão submetidos, nas próximas 24 horas, a necropsia em território haitiano. Segundo o Itamaraty, este procedimento pode facilitar um posterior pedido de indenização por parte das famílias das vítimas.

Segundo o comunicado do Exército, os 14 militares mortos na tragédia são: Bruno Ribeiro Mário (1º tenente); Davi Ramos de Lima (2º Sargento); Leonardo de Castro Carvalho (2º Sargento); Rodrigo de Souza Lima (3º Sargento); Douglas Pedrotti Neckel (cabo); Washington Luis de Souza Seraphin (cabo); Tiago Anaya Detimermani (soldado); Antonio José Anacleto (soldado); Felipe Gonçalves Julio (soldado); Rodrigo de Souza Lima (soldado); Emílio Carlos Torres dos Santos (coronel); Arí Dirceu Fernandes Júnior (cabo); Kleber da Silva Santos (soldado); Raniel Batista de Camargos (subtenente).

Outros quatro militares ainda estão desaparecidos: João Eliseu Souza Zanin (coronel); Marcus Vinicius Macedo Cysneiros (tenente coronel); Francisco Adolfo Vianna Martins Filho (major); Márcio Guimarães Martins (major).

Há cerca de 1.310 brasileiros no Haiti, dos quais cerca de 50 são civis. O Brasil possui 1.266 militares na missão de paz da ONU, Minustah (missão de estabilização da ONU liderada pelo Brasil), enviada ao país depois de uma sangrenta rebelião, em 2004, que sucedeu décadas de violência e pobreza.

Fonte: Folha On Line

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