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Sinjufego

O Popular - Política - Dia 19/12/2009

 

Fabiana Pulcineli

Alcides, no evento do Renda Cidadã: vídeo sobre programa volta a criticar gestão anterior

Ao lançar ontem a ampliação de programa que foi marca da gestão do PSDB, o governo estadual fez críticas ao antecessor e provocou novos ataques de tucanos à atual gestão. O governador Alcides Rodrigues (PP) comandou evento no Centro de Convenções para entregar cartões do Renda Cidadã Mais Saúde e Mais Educação a cerca de 2,5 mil famílias, em que o governo anterior foi acusado de ter incluído o programa nos gastos obrigatórios com a área de saúde.

A crítica foi feita em vídeo com depoimentos e informações do programa veiculado no evento. "Para lançarmos o novo cartão, primeiro tivemos de arrumar a casa. Os recursos para o Renda Cidadã saíam da saúde e, assim não sobrava dinheiro para a construção de hospitais e contratação de médicos. Agora, os recursos sairão do Tesouro e teremos a verba para saúde garantida", dizia o locutor.

Do palanque, as principais lideranças da frente governista - DEM, PR e PSB, que conversam sob comando do governador - não disfarçavam a satisfação com as alfinetadas. Em almoço oferecido à imprensa, Marconi disse que Alcides, como vice-governador, participou de todas as ações do governo e que foi beneficiado nas eleições pelo "sucesso" dos programas.

Parlamentares tucanos que tiveram informações das críticas feitas no lançamento do cartão disseram que a provocação do governo faz parte de estratégia para fazer com que o PSDB tome a iniciativa do rompimento oficial.

Com a ampliação do programa, o governo ganha musculatura em área em que o PSDB tem grande força. Embora tenha prometido, na campanha de 2006, ampliar os valores e o número de beneficiários de todos os programas sociais, o governo reduziu repasses da Bolsa Universitária, acabou com o Salário Escola e diminui o pagamento do Renda Cidadã.

Com o novo cartão, o valor de 80 reais destinado às famílias será acrescido de auxílio-educação - 10 reais por dependente matriculado - e saúde, com 40 reais a mais para família com doente crônico.

Apesar do apelo eleitoral, Alcides disse em entrevista que a intenção é unicamente beneficiar a população. "Não estou pensando em eleição, mas em contemplar as famílias que necessitam de amparo. É isso que temos em mente. O ano que vem vamos conversar sobre isso", disse.

Repetindo as mesmas declarações feitas no final de 2008, o governador afirmou que não haverá tempo no próximo ano para inauguração de tantas obras. "Vamos ter dificuldades para inaugurar. Só na área de saneamento, se eu inaugurar uma por semana, vou gastar seis meses para entregar todas", afirmou.

Em discurso, Alcides disse que a inclusão social "sempre foi uma das maiores preocupações deste governo" e falou das dificuldades para equilibrar as contas. "Hoje estamos pagando tudo regularmente em dia e temos condições de ampliar os benefícios."

A secretária de Cidadania e Trabalho, Flávia Morais, também falou em discurso das dificuldades herdadas e do esforço "silencioso" do governador para promover mudanças na área de inclusão social.

Dezenas de ônibus ao redor do Centro de Convenções e o foguetório davam ideia do grande evento preparado pelo governo para a entrega dos cartões. No palanque, lideranças de todos os partidos: 40 prefeitos, 15 deputados estaduais, 30 auxiliares do governo e 7 parlamentares da bancada federal, incluindo os senadores Lúcia Vânia (PSDB) e Demóstenes Torres (DEM).

Na platéia, os beneficiários receberam camisetas em que se lia "Renda Cidadã agora é Mais". O som ficou por conta da Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás. Na distribuição simbólica a vinte beneficiários, o governador distribuiu cartões para as lideranças políticas em sua volta para envolvê-las na distribuição. Alcides recebeu homenagens entregues pelos beneficiários.

Celg

Considerado o principal gargalo nas contas do Estado, o problema financeiro da Celg caminha para o fim, segundo o governo. O secretário da Fazenda, Jorcelino Braga, disse ontem que um grupo da estatal federal Eletrobrás virá a Goiânia na segunda-feira para finalizar as premissas do acordo com o governo goiano. O acerto será para equilibrar as contas da companhia, que acumula R$ 6 bilhões em dívidas.

 

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