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O Popular - Política - Dia 20/12/2009

 

CAIXA DE PANDORA

 

Em depoimento, ex-auxiliar revela suposto repasse de propina a Octávio. Arruda teria recebido 3 milhões

Folhapress

 

Paulo Octávio é acusado de ter participação no esquema de pagamento de propinaBrasília - Em novo depoimento à Procuradoria da República, Durval Barbosa, o homem que denunciou o mensalão do DEM, disse que entregou pessoalmente cerca de R$ 200 mil de propina ao vice-governador do Distrito Federal, Paulo Octávio (DEM), "há um ano e meio". A entrega do dinheiro, segundo disse aos procuradores, ocorreu no hotel Kubitscheck Plaza, no centro de Brasília. O advogado do vice confirma o encontro no hotel, de propriedade de Octávio, mas nega pagamento de propina.

É a primeira vez que Barbosa afirma que entregou dinheiro pessoalmente a Paulo Octávio, que continua no DEM após a denúncia do escândalo de arrecadação e pagamento de propina com dinheiro público. O vice não aparece em nenhum dos vídeos gravados por Barbosa e divulgados até o momento. O governador José Roberto Arruda, que comandaria o esquema, deixou o partido após a legenda sinalizar sua expulsão. Por conta disso, não poderá disputar as eleições em 2010. Em depoimento anteriores, antes da deflagração da operação da PF, no mês passado, Barbosa afirmava que a propina era levada "inúmeros vezes a Marcelo Carvalho, funcionário da construtora do vice. Em São Paulo - por uma opção de segurança dos procuradores - Barbosa prestou 16 depoimentos aos promotores nos dias 2 e 3 passados.

O ex-secretário de Arruda também disse que o governador recebeu R$ 3 milhões em propina. As íntegras dos depoimentos foram publicadas ontem no site de notícias iG. A origem da propina paga a Paulo Octávio, segundo Barbosa, foi o grupo TBA, da empresária Maria Cristina Boner Léo. O jornal Folha de S.Paulo revelou na sexta-feira que o executivo Antônio Bruno Di Giovanni Basso, ex-marido de Maria Cristina, afirmou em e-mails enviados a interlocutores que, em troca de apoio financeiro "informal à campanha de 2006, empresas de informática acertaram com Arruda e Paulo Octávio uma divisão de contratos públicos caso a chapa vencesse a eleição. Entre as empresas, segundo o executivo, estava a TBA. A versão de Basso também é sustentada por Barbosa. Em vídeo em poder da PF, Arruda aparece recebendo um maço com R$ 50 mil das mãos de Barbosa, responsável pela gravação. Segundo o informante, esse dinheiro veio da TBA.

Democrata evita falar sobre novas acusações

Folhapress

Brasília - O vice-governador do Distrito Federal, Paulo Octavio (DEM), afirmou ontem que só responderá às acusações em juízo. "Só irei responder durante o processo judicial", afirmou o democrata, em resposta às afirmações do ex-secretário de Assuntos Institucionais, Durval Barbosa, de que teria recebido R$ 200 mil em propina do chamado mensalão do governo do Distrito Federal. Fábio Simão, ex-chefe de gabinete do governador José Roberto Arruda, acusado por Durval de ser o responsável por arrecadar propina entre empresas contratadas para as áreas de Esporte, Educação e Turismo, afirmou que as denúncias são "absurdas".

"Quem tem que provar isto é ele, o Durval. Cada dia aparecem acusações novas partindo dele, é até cômico", afirmou o auxiliar. Simão disse ainda que, no momento certo, responderá sobre o assunto na Justiça. O secretário de Comunicação de Arruda, Welington Moraes, também citado por Barbosa como arrecadador na área de publicidade, negou a acusação. "Nunca fui arrecadador. O arrecadador era o Durval nas duas campanhas", disse, referindo-se às campanhas de Arruda e de seu antecessor, Joaquim Roriz. A reportagem procurou também Domingos Lamoglia, José Geraldo Maciel, Márcio Machado e José Eustáquio, mas não conseguiu contato com os auxiliares. O DEM tem procurado preservar o vice Paulo Octávio na expectativa de que ele assuma o governo do DF caso Arruda tenha de deixar o cargo. Por isso, desde que o escândalo de pagamento de propina no governo veio à tona, a cúpula do partido tem sustentado que a situação dele é menos delicada por que, ao contrário do que ocorreu com Arruda, Octávio não aparece nas gravações da PF.

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