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Diário da Manhã - Política e Justiça - Dia 23/12/2009

 

 

Presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, entre o prefeito Iris Rezende e o presidente do PMDB, Adib Elias: prazo final para decisão

 

Iris e Maguito dizem que partido terá nome para eleições até meados de janeiro. Meirelles diz que prioridade é o BC. No dia 15 de janeiro do próximo ano, o PMDB goiano põe fim a uma das dúvidas que têm permeado o cenário político local. De acordo com o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), até esta data o partido escolhe quem disputará o governo em 2010. A especulação gira em torno do nome do próprio prefeito e do recém filiado à sigla, presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

Ontem, durante comemoração de seu 76º aniversário, Iris, que anteriormente defendeu que até o final deste mês a escolha fosse estabelecida, afirmou que o dia 15 de janeiro é o prazo limite para definição do nome peemedebista que enfrentará o PSDB e provável candidato da chamada Nova Frente, articulada pelo governador Alcides Rodrigues (PP).

O prefeito, que tem mantido contato direto com Meirelles para tratar de negociações para 2010, encontrou-se com o colega de sigla no domingo. Em pauta, a necessidade de que o nome que enfrentará as urnas no ano que vem seja apressadamente divulgado. O argumento de Iris é que é para consolidação de parcerias e coligações. "Queria que até dezembro estivéssemos com esta definição, mas em razão do meu recente problema de saúde (cirurgia para retirada de aderências intestinais) houve um adiamento. Até no máximo dia 15 de janeiro, porém, teremos o nome."

O prefeito de Aparecida, Maguito Vilela, que também teve encontro com Meirelles no domingo, corroborou o prefeito. "O estabelecido é que até 15 de janeiro precisamos de uma definição, e Meirelles se comprometeu a nos dá-la. Ele disse que entendia a necessidade de nos dar um posicionamento."

O presidente do BC tem ressaltado sua preferência em anunciar apenas no fim de março - prazo final para desincompatibilização de quem tem cargo público - se fica no BC ou segue trajeto na política. Diante da convicção do PMDB de que um posicionamento é imprescindível antes, terá que abrir mão do desejo inicial.

Ontem, Meirelles afirmou que tentará cumprir o prazo estimado e voltou a destacar que seu foco, a pedido do presidente Lula, ainda é o BC. A candidatura de Iris tem se desenhado de maneira mais concreta que a do presidente do BC, que mantem-se afastado do cenário político do Estado.

Prefeito é estimulado a disputar

Mesmo que, a todo tempo, Iris tenha enfatizado que a festa de seu aniversário não tinha conotações políticas, o ambiente sugeria o contrário. O bolo de seis metros de comprimento por dois de largura com os dizeres "Iris, nosso governador em 2010", as faixas anunciando realizações políticas,  a aclamação dos companheiros de legenda pela candidatura do prefeito ao governo. "O  PMDB precisa muito dele (Iris). Seria muito importante que ele se dispusesse a sair candidato a governador", avaliou o senador Renan Calheiros (PMDB), presente na festa.

O ex-governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz (PSC) argumentou que a manifestação popular vista no aniversário do prefeito, "necessariamente se refletirá nas urnas". O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB) disse que Iris é o nome ao governo. "Grande candidato é o Iris pelo seu passado e pelo trabalho que realiza hoje em Goiânia. Meirelles veio para ser candidato a senador."

Iris, contudo, manteve discurso discreto e frustrou expectativas de quem esperava que os festejos dos 76 anos impulsionassem anúncio de candidatura. "Não houve nas minhas conversas com Meirelles nada de conclusivo. E não seria justo que eu aproveitasse uma festa apolítica na qual comparecem pessoas de todas as siglas para  dar uma largada político-eleitoral."

Porém, o prefeito espanou qualquer suspeita de que problemas de saúde estariam comprometendo sua entrada na disputa pelo governo e arriscou comentar o desempenho de Meirelles em meio ao povo. "Cada aniversário me rejuvenesce física e espiritualmente. Já em relação ao trato de Meirelles com o povo, ele já foi candidato a deputado federal. Mas claro que quem está acostumado a questões técnicas e de repente se vê no meio de uma multidão pode estranhar um pouco. Mas a convivência e prática resolvem."

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