O Popular - Economia - Dia 23/12/2009
Receita federal arrecadou em novembro, no Estado, R$ 560,68 milhões, o segundo maior valor mensal do ano
Sônia Ferreira
A arrecadação de impostos e contribuições federais em Goiás cresceu 5,11% em novembro na comparação com outubro, somando R$ 560,68 milhões.
Esse foi o segundo maior valor mensal apurado no ano, perdendo apenas para julho (R$ 655,94 milhões), de acordo com os números divulgados ontem pela Delegacia da Receita Federal no Estado.
Na comparação com novembro do ano passado (R$ 351,50 milhões), quando a crise financeira internacional chegou na economia real no Brasil, a arrecadação da Receita em Goiás aumentou 59,5%. No acumulado do ano, o total de impostos e outras contribuições federais no Estado chega a R$ 4,87 bilhões.
Resultado
No Brasil, no mês passado, o total de impostos somou R$ 72,09 bilhões. Esse foi o melhor resultado mensal deste ano, de acordo com o órgão. No ano, os impostos e contribuições administrados pela Receita Federal somaram R$ R$ 624,42 bilhões, uma queda real de 3,99% em relação a igual período de 2008.
O montante inclui os impostos e outros recolhimentos federais, entre eles os feitos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Dos R$ 560,68 milhões arrecadados em Goiás pela Receita Federal, no mês passado, a maior parte veio da Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), com o total de R$ 139,29 milhões.
Outros R$ 131,24 milhões foram apurados com o pagamento do Imposto de Renda e R$ 64,61 milhões vieram do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), conforme os dados divulgados pela Receita Federal em Goiás.
Reação da Economia ajudou, diz tributarista
Sônia Ferreira
A retomada da atividade econômica no País foi o principal fator que contribuiu para a arrecadação de impostos e contribuições federais no mês de novembro.
A opinião é do advogado tributarista Cairon Santos, que atribui o crescimento também ao aumento da carga tributária, com a criação, em outubro, do IOF sobre investimento estrangeiro.
Ele lembra que, apesar do governo ter reduzido o IPI sobre vários produtos, como veículos, material de construção e linha branca (geladeira, fogão, freezer, máquina de lavar e outros) a arrecadação aumentou porque cresceram as vendas, uma vez que os preços ficaram menores.
"Isso mostra que o governo precisa reduzir a carga tributária, para que os preços diminuam e cresçam as vendas. Quando muitos pagam aumenta a arrecadação de tributos", avalia.
Cairon Santos acredita que, no fechamento do ano, a arrecadação de impostos federais no Brasil vai aumentar na comparação com o ano passado, quando a economia estava em crescimento até outubro.
O tributarista lembra que o consumo está em alta, puxando a produção industrial, e as exportações brasileiras também voltaram a crescer.
Diário da Manhã - Economia - Dia 23/12/2009
Arrecadação sobe 26% em novembro e bate recorde
A arrecadação de impostos e contribuições federais em novembro foi de R$ 72,09 bilhões, aumento real de 26,39% em relação a novembro do ano passado. A arrecadação do mês passado foi o melhor resultado mensal de 2009 e recorde para meses de novembro. O coordenador-geral de Estudos, Previsão e Análise da Receita Federal, Raimundo Eloi de Carvalho, avaliou que a retomada da atividade econômica no País foi o principal fator que contribuiu para esse crescimento. "Em novembro, entramos num período de reversão. A recuperação da atividade econômica se reflete na arrecadação e esperamos que essa recuperação passe a ser maior", disse.
Em novembro, somente as receitas administradas pela Receita Federal somaram R$ 66,697 bilhões no mês passado, um aumento real de 19,36% em relação ao mesmo mês do ano passado. Segundo Carvalho, mesmo se excluídos os valores arrecadados com depósitos judiciais (R$ 2,1 bilhões) e com os parcelamentos do Refis da crise (R$ 3 bilhões), ainda assim, a arrecadação das receitas administradas teria um crescimento real de 9%. "Esse é o primeiro mês em que nós podemos dizer que, retirando os valores pontuais (depósitos judiciais e parcelamento do Refis), tivemos um crescimento positivo", disse.
Ele acrescentou que o movimento de novembro foi muito importante porque confirma a "reversão do quadro de queda da arrecadação que começou em novembro de 2008", com os efeitos da crise financeira. (AE)