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O Popular - Economia - Dia 23/12/2009

 

Com novo reajuste, governo Lula atinge um ganho real no salário mínimo de 53,46%

Agência Estado

São Paulo - O aumento do salário mínimo para R$ 510 deve injetar até R$ 26,6 bilhões na economia, segundo estudo do Dieese. A arrecadação tributária sobre o consumo teria um incremento de R$ 7,7 bilhões.

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo (foto), confirmou ontem que o governo avalia reajustar o salário mínimo para R$ 510, acima dos R$ 507 previstos no texto do Orçamento. De acordo com ele, a proposta foi feita ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é quem dará a palavra final sobre o assunto. Segundo o Dieese, 46,1 milhões de pessoas têm rendimento referenciado no salário mínimo no País. O estudo aponta ainda que a variação do INPC-IBGE para o período de 1º de fevereiro a 31 de dezembro de 2009 foi estimada em 3,60%.

A variação do PIB de 2008 está calculada pelo IBGE em 5,1%. Com o aumento real previsto, chega-se ao valor de R$ 510 e tem-se a variação total de 9,67% para o salário mínimo, o que significa aumento real de 5,87% no período.

No acumulado do governo Lula, segundo o Dieese, os ganhos reais do salário mínimo atingem 53,46%.

Previdência

Bernardo afirmou que o mínimo de R$ 510 terá um impacto de R$ 600 milhões a mais nas contas da Previdência Social no ano que vem, o que elevará o custo adicional a R$ 4,6 bilhões. Bernardo disse que o aumento do mínimo facilitaria o recebimento do benefício por aposentados que sacam o dinheiro em caixas eletrônicos, já que seria mais fácil sacar o valor redondo. O governo pode incluir na medida provisória que reajustará o mínimo o aumento para os aposentados que ganham acima do piso.

Maior valor real em 24 anos

Lúcia Monteiro

Brasília - O reajuste real de cerca de 6% que o governo deve conceder ao salário mínimo aproxima-o de seu maior patamar real em 24 anos, de acordo com estudo divulgado ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Ficou acertado que o presidente Lula assina hoje a medida provisória que concede o aumento. Com os R$ 510 que devem vigorar a partir de janeiro, o mínimo avizinha-se do valor vigente em 1986, proporcional a cerca de R$ 520 atuais. Naquela época, o Plano Cruzado, introduzido pelo governo Sarney, controlou temporariamente a hiperinflação e concedeu abono ao salário mínimo. Em seguida, porém, os fracassos de sucessivos pacotes econômicos levaram-no, em 1995, ao seu menor valor real, equivalente hoje a apenas R$ 251.

Diário da Manhã - Economia - Dia 23/12/2009

Mínimo será de R$ 510 no próximo ano

Novo valor vai entrar em vigor a partir de 1º de janeiro e será definido por medida provisória

Ministro do Planejamento, Paulo Bernardo confirmou ontem que o governo fechou em R$ 510 o valor do salário mínimo que entra em vigor a partir de 1º de janeiro de 2010 e será definido por medida provisória, que deve ser publicada no Diário Oficial da União hoje. Proposta do governo encaminhada ao Congresso previa salário mínimo de R$ 507. Frente ao salário atual de R$465, são 9,68% de reajuste nominal.

O novo valor foi fechado em reunião que Bernardo teve com o presidente Lula na Base Aérea de Brasília, da qual participou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Lula desembarcou ontem na Base Aérea e seguiu em direção ao Palácio da Alvorada onde teve, à noite, um jantar de confraternização com os ministros do governo.

Pela manhã, Bernardo disse que a definição do mínimo em R$ 510 irá facilitar questões operacionais da vida dos aposentados. Ele lembrou que muitos aposentados recebem benefício nos caixas eletrônicos dos bancos, o que torna "muito difícil" pagar um valor quebrado. "O valor de R$ 510, embora tenha impacto maior nas nossas contas, resolve o problema. Mas é uma decisão do presidente", disse.

De manhã, Bernardo explicara que a diferença entre os R$ 507 propostos no Orçamento e os R$ 510 terá um impacto adicional de R$ 600 milhões. Segundo ele, cada real acrescentado ao valor do mínimo significa um impacto adicional de R$ 200 milhões nas contas do governo.

Ministro afirmou que o governo dispõe de recursos para pagar a diferença, caso o presidente, até então, opte pelo valor de R$ 510. "Fizemos ajustes e o relator contribuiu com isso. De maneira que, havendo essa decisão do presidente, será feito", afirmou.

Bernardo disse ainda que há a possibilidade de a medida provisória que irá definir o novo valor do mínimo conter também o reajuste para os benefícios da Previdência que têm valor superior ao do salário mínimo. Lembrou, no entanto, que ainda não há acordo com as centrais sindicais sobre o tema. Segundo ele, o reajuste para os benefícios seria de aproximadamente 2,5%. "É um reajuste equivalente à inflação mais metade do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do ano passado, de 5,1%."

Pib

Paulo Bernardo disse acreditar que a previsão para o crescimento de 5,8% do PIB feita ontem pelo Banco Central se concretizará. Ele negou, porém, que isso pode implicar em aumento nas taxas de juros no ano que vem.

"Tem muita gente especulando essa questão de juros, mas todo mundo sabe que é chute. O BC vai ser duro para combater a inflação. Se tiver que tomar a medida (aumentar juros) vai tomar, mas não porque tem algum corneteiro do mercado financeiro querendo'', retrucou.

 

Aumento deve injetar 26,6 bi na economia

Aumento do salário mínimo para R$ 510 injetaria até R$ 26,6 bilhões na economia, segundo estudo do Dieese. A arrecadação tributária sobre o consumo teria um incremento de R$ 7,7 bilhões.

De acordo com o Dieese, 46,1 milhões de pessoas têm rendimento referenciado no salário mínimo no País.

O estudo aponta ainda que a variação do INPC-IBGE para o período de 1º de fevereiro a 31 de dezembro de 2009 foi estimada em 3,60%. A variação do PIB de 2008 está calculada pelo IBGE em 5,1%. Com o aumento real previsto, chega-se ao valor de R$ 510 e tem-se a variação total de 9,68% para o salário mínimo, o que significa aumento real de 5,87% no período.

No acumulado do governo Lula, segundo o Dieese, os ganhos reais do salário mínimo atingem 53,46%. (com FP) Fonte: das agências estado e Brasil

 

Hoje Notícias - Economia - Dia 23/12/2009

Mínimo terá maior poder aquisitivo desde 1979

Com o novo salário mínimo de 510 reais, o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) avalia que esta será a maior relação entre o referido valor e a cesta básica, desde 1979. Em Goiânia, com a cesta custando R$ 205,95 (dado de novembro), o consumidor poderá comprar quase 2,5 cestas - resultado superior à média nacional (2,17).

Segundo o estudo do Dieese, divulgado ontem, o valor injetará cerca de R$ 26,6 bilhões na economia do País. A análise foi feita após o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, anunciar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aprovou o valor do novo mínimo, que passará a vigorar a partir de 1° de janeiro.

Ainda de acordo com o Dieese, o custo adicional significará cerca de R$ 10,85 bilhões ao ano e a arrecadação sobre o consumo terá um incremento de R$ 7,7 bilhões. Avaliando as cinco regiões, os trabalhadores com rendimento de até 2 salários mínimos, no Centro-Oeste, equivale a 64,9% da população local. Aqueles que ganham acima de dois mínimos corresponde a 32,3%.

O ministro do Planejamento confirmou que o governo fechou em 510 reais, o valor do novo salário mínimo, ainda na manhã de  ontem. A quantia será definida por medida provisória. A proposta do governo encaminhada ao Congresso previa um salário mínimo de 507 reais. "Fizemos alguns ajustes e o relator [Geraldo Magela (PT-DF)] também contribuiu quando colocou isso [a sugestão do aumento] na proposta do Orçamento", disse Bernardo.

O novo valor foi fechado em uma reunião que ele teve com o presidente Lula na Base Aérea de Brasília (DF), da qual participou também o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Lula desembarcou na tarde de ontem na Base Aérea e seguiu em direção ao Palácio da Alvorada, onde teve uma noite de jantar de confraternização com os ministros do governo.

Pela manhã, Bernardo disse que a definição do mínimo em 510 reais facilitará questões operacionais na vida dos aposentados. Ele lembrou que muitos deles recebem o benefício nos caixas eletrônicos dos bancos, o que torna "muito difícil" pagar um valor quebrado. "O valor de 510 reais, embora tenha um impacto maior nas nossas contas, resolve o problema. Mas é uma decisão do presidente", reafirmou.

IMPACTO

De manhã, Bernardo explicou que a diferença entre os R$ 507 propostos no Orçamento e os R$ 510 terá um impacto adicional de R$ 600 milhões. Segundo ele, cada real acrescentado ao valor do mínimo significa um impacto adicional de R$ 200 milhões nas contas do governo.

O ministro disse que o governo tem recursos para pagar essa diferença, caso o presidente opte pelo valor de R$ 510. "Fizemos ajustes e o relator contribuiu com isso. De maneira que, havendo essa decisão do presidente, será feito", afirmou. Bernardo disse ainda que há a possibilidade de a medida provisória que irá definir o novo valor do mínimo conter também o reajuste para os benefícios da Previdência que tem valor superior ao do salário mínimo.

Ele lembrou, no entanto, que ainda não há acordo com as centrais sindicais sobre o tema. Segundo ele, o reajuste para os benefícios seria de quase 2,5%. (Agência Estado com Agência Brasil e Redação)

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