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O Popular - Política - Dia 07/11/2009

Policiais usam rede para capturar capivara que tomava banho em espelho d’água em frente ao Congresso; animal será solto no lago Paranoá

Brasília – O Senado deve abrir na segunda-feira processos administrativos contra os servidores efetivos e comissionados que não participaram do recadastramento na Casa. A medida deve ser aplicada a 40 funcionários que recebem salário dos cofres do Poder Legislativo e que ainda não participaram do censo.

O prazo final para que os funcionários atualizem seus dados terminou à meia-noite de ontem. Segundo o último balanço do Senado, 14 servidores nem deram início ao processo de recadastramento, mesmo depois de terem os salários cortados pela Casa. Outros 26 começaram a confirmar suas informações, mas não concluíram o processo.

Todos eles serão alvo de uma sindicância e devem ficar com os salários congelados até a conclusão dos processos. A punição para esses funcionários vai de advertência até a demissão.

A ideia do comando do Senado é utilizar o censo para identificar funcionários fantasmas que estariam recebendo salários sem trabalhar. O senador João Vicente Claudino (PTB-PI) se viu obrigado a demitir a servidora Wanda de França Avelino na semana passada. Wanda recebia R$ 1,7 mil como assistente parlamentar, mas trabalhava em um restaurante em Teresina.

Em agosto, o Senado elaborou um sistema para que o recadastramento dos servidores fosse feito por meio de formulário eletrônico na internet, mas também permitiu que o documento fosse remetido por correspondência. Sem a adesão dos servidores, a Casa prorrogou o prazo para o levantamento por três vezes.

Bloqueio

Para forçar a participação, o Senado ameaçou cortar o salário de 503 servidores, mas apenas 88 tiveram os vencimentos bloqueados – até ontem, 40 ainda precisavam regularizar a situação.

A medida foi implantada pela Casa em meio à crise política que atingiu o Senado este ano. A atualização dos dados pessoais de cada servidor visa criar uma única base de dados do Senado, com recadastramento anual.

O ato que instituiu o cadastramento também impõe “sanções administrativas” para os servidores que não atualizarem os seus dados. As chefias imediatas devem confirmar os dados dos subordinados, como lotação, cargo e função.

É a primeira vez que a Casa faz uma espécie de censo do seu quadro de funcionários. Segundo o Portal da Transparência do Senado, a Casa possui 3.418 servidores efetivos e 2.849 funcionários em cargos comissionados (não-concursados). (Folhapress)

Capivara ‘invade’ águas do Congresso

Brasília – Uma capivara chamou atenção dos poucos senadores que compareceram ontem ao Senado. Sem grandes discursos e diante de uma sessão esvaziada, os seis parlamentares se divertiram com a tentativa da Polícia Militar Florestal de capturar o animal que tomava banho no espelho d’água em frente ao prédio do Congresso. O resgate da capivara durou mais de três horas e provocou diferentes reações nos senadores.

O senador Mão Santa (PSC-PI) ironizou o caso e pediu que a ex-ministra do Meio Ambiente e senadora Marina Silva (PV-AC) fosse chamada para resolver a situação: “Isso é assunto para a Marina Silva. Ela é que é a principal ambientalista”.

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) não só brincou com o episódio, como disse que a presença do animal servia de alerta, uma vez que o país precisa assumir compromissos para apresentar durante a Conferência do Clima da ONU (Organização das Nações Unidas) em dezembro, em Copenhague. “É a crise ambiental se manifestando no Congresso para despertar os senadores. Os animais estão se desorientando no mundo inteiro e o Cerrado não é exceção. Ou então ela veio atrás de algum parente, afirmou o senador pedetista.

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou que não se surpreendeu com a presença do animal, mas negou que ele estivesse atrás de semelhantes. “Ela apareceu e foi no lago do Senado, isso mostra apenas que ainda temos água para recebê-la”, disse.

O animal foi recolhido pelos policiais, passará por exames no Zoológico de Brasília e, depois, será solto no lago Paranoá. (Folhapress)

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